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Mercado editorial brasileiro cresce e fatura mais de R$ 2 bilhões

07/10/2008 - 00:10
A informação é da recente pesquisa "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro 2007", divulgada no último dia 02 e encomendada à Fundação Instituto de Pesquisas Econômica - Fipe pela Câmara Brasileira do Livro - CBL e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros - SNEL que identificou um cenário completo sobre a performance do setor no ano de 2007, incluindo títulos editados, exemplares produzidos e vendidos, faturamento total e crescimento total e por segmentos.

Dentro deste cenário, o segmento de vendas porta a porta ganhou destaque. Em 2007, a participação do setor foi de 9,6% no total de livros vendidos pelas editoras, o que representa uma evolução de 91,3%. Quase 20 milhões de exemplares foram vendidos pelos vendedores porta a porta, o que faz do segmento, o terceiro canal de vendas mais importante para as editoras, ficando atrás apenas das livrarias e dos próprios distribuidores (21,5% de participação).

Segundo Luis Antonio Torelli, presidente da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) - entidade que congrega as principais empresas de venda direta de livros -, "estes números atestam que a venda de livros no porta a porta não é coisa do passado, como muitos podem pensar". Ainda de acordo com Torelli, "o aumento nas vendas porta a porta decorreu principalmente da mudança no perfil do consumidor. As classes C e D, principais compradores deste canal de vendas, que respondia por 5,43% da comercialização de livros no País e hoje abrange 9,6%, tiveram uma considerável melhoria de renda nos últimos anos.

Além disso, antigamente o forte das vendas eram as enciclopédias, mas agora os livros infantis e religiosos ganham destaque e representam cerca de 50 a 60% dos volumes comercializados no porta a porta. Em 2007, foram editados 5.570 títulos desse gênero (livros religiosos) no País, 27% mais que em 2006, quando foram editados 4.383 títulos. Já os livros infantis, foram produzidos 14.753.213 de exemplares em 3.491 títulos, contra 12.808.625 e 3.031, respectivamente, um ano antes, o que significa um aumento de 15,1%.

E, cumprindo cada vez mais com a sua missão de estimular a leitura no País, promover a indústria e o comércio da venda de livros porta a porta, a ABDL - está cada vez mais confiante no mercado. Hoje são mais de 30 editoras especializadas no segmento e cerca de 30 mil profissionais que continuam batendo de porta em porta com uma pilha de livros, objetivando difundir ainda mais a cultura. "O mercado de venda direta de livros cresce de tal maneira que o número de vendedores deve chegar até 400 mil este ano, para um universo de 500 empresas atuantes no mercado editorial no segmento de venda direta (atacadistas, distribuidores e crediaristas), afirma Luís Antonio Torelli.

Nesse sentido, a Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) e o Ministério do Trabalho estão em fase final de negociação para firmar um convênio para capacitar vendedores de livros porta a porta. "A idéia é treinar 10 mil vendedores até 2009, sendo 2 mil pessoas já neste ano. Os recursos, provenientes do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), para esse ano somam R$ 1,6 milhão. Há uma carência enorme de vendedores porta a porta. Eles terão emprego garantido quando terminarem o curso", comenta Torelli.

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