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Papel brasileiro ganha competitividade

05/03/2008 - 00:03
O mercado brasileiro de distribuição de papel passa hoje por um enxugamento como reflexo da maior competição e exigência na indústria de celulose e papel. O segmento, que faturou cerca de US$ 1,5 bilhão em 2007 (levando-se em conta papéis gráficos e editoriais, além de vários tipos de papéis para imprimir e escrever cortados), contabiliza hoje cerca de 150 distribuidores no País.

Eram cerca de 500 há cinco anos e apenas 60 devem atravessar a próxima década, estima o presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa), Andrés Romero. Segundo ele, algumas unidades fecharam e outras foram compradas. "Na França, um mercado maduro, há hoje entre 8 e 10 distribuidores", acrescentou.

Enquanto as empresas locais correm com investimentos para profissionalizar sua gestão, grandes norte-americanas da distribuição como a Staples e a Antalis já investem para crescer no País.

Com a maior entrada do papel importado no País, principalmente o revestido (ou cuchê), a Andipa está trazendo para dentro do conselho da instituição representantes de fábricas estrangeiras como a africana Sappi, as argentinas Fanapel e Celulosa Argentina, além da chinesa Asia Pulp & Paper (APP). "Não é um incentivo à importação, mas uma forma de aproximar estas empresas de boas práticas para com nossos distribuidores", disse o executivo.

Para avançar nas estratégias de vendas e mercado, a Encapa, uma das maiores distribuidores de Minas, já investiu R$ 2,5 milhões nos últimos 3 anos em consultorias como Arthur Andersen e PricewaterhouseCoopers, além de um sistema integrado de informática. O sócio-proprietário Alberto de Castro Lima disse que já foi sondado por uma empresa estrangeira. "Mas estamos investindo para crescer agora, não estamos ainda preparados para analisar propostas assim."

Romero disse que o papel produzido no Brasil deverá ganhar competitividade já no curto prazo, devido a possível valorização da moeda chinesa. "Os preços na China vão começar a perder competitividade. Há um problema de inflação lá e a moeda, uma hora terá de flutuar. Somente este ano desvalorizou-se 1,9%." Segundo o executivo, a previsão da agência JP Morgan é de desvalorização de 14%. Fonte: Gazeta Mercantil

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