"O novo aumento da taxa básica de juros, anunciado pelo Copom nesta quarta-feira (10/09), evidencia que a economia brasileira, a despeito de se manter aquecida, continua refém de uma política monetária equivocada”, pondera Alfried Plöger, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e vice-presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).
Para Plöger, ao restringir a gestão da economia a práticas meramente monetárias, o governo “atira no próprio pé, pois limita seus mecanismos de controle inflacionário às taxas de câmbio e de juros. Também paga elevado preço por essa mesmice, à medida que agrava o serviço da dívida pública ao aumentar a Selic. Esse dinheiro, a maior parte destinada ao pagamento dos juros atrelados aos títulos públicos, provavelmente teria efeito muito mais eficaz no controle da inflação se fosse convertido em investimento público, combinado, obviamente, com maior responsabilidade fiscal”, conclui o dirigente classista.
