Um convite à criatividade foi a tônica da última palestra geral do 7º Congresso Brasileiro de Jornais, realizado no World Trade Center, em São Paulo, e encerrado na tarde desta terça-feira. O modelo de negócio dos jornais está sendo sacudido, mas a boa notícia é que muitos jornais estão fazendo coisas excitantes, diferentes do que fizeram até agora, disse Michael P. Smith, Diretor Executivo do Media Management Center - Northwestern University (EUA), que apresentou histórias de sucesso de jornais americanos. Entre as principais ações recomendadas por ele estão a construção de comunidades por meio de tecnologia e a busca de ganhos de produtividade por meio do uso de todas as plataformas. A idéia é “pegar o conteúdo e reempacotar”, disse Smith.
Para Randy Covington Diretor do IFRA, Newsplex na Universidade da Carolina do Sul (EUA) não deixa de ser intrigante que os jornais americanos tenham demorado tanto a reagir às transformações que estão ocorrendo. “Talvez porque há dois anos obtinham margens de lucro de 17 a 19% e quando isso deixou de ocorrer, pensaram que era uma situação passageira”, arriscou.
Rosental Calmon Alves, Diretor do Knight Center for Journalism in the Americas – Universidade do Texas (EUA), lembrou que a atividade jornalística passou por grandes transformações ao longo de sua história, mas as que estão ocorrendo atualmente são as maiores em 200 anos. “O que é diferente agora é que os jornais estão se tornando outra coisa”. Num exercício de autocrítica, ele observou que os jornais sempre cobraram transparência sem praticá-la. Citando algumas experiências de sucesso, defendeu que os as empresas jornalísticas não apenas convidem suas audiências a conhecer os processos de produção de informação, mas a participarem desses processos.
Smith teve ainda como debatedores Earl Wilkinson, Diretor Executivo da INMA - International Newsmedia Marketing Association (EUA); Javier Errea, Presidente da Society for News Design -SND (Espanha), Diretor da Errea Comunicación; John Wilpers, Consultor Sênior da Innovation (Estados Unidos); (Ver matérias sobre suas palestras neste site). O debate foi moderado por Marcelo Rech, Diretor do Comitê Editorial da ANJ, Grupo RBS (Porto Alegre). Fonte: www.anj.org.br
