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Não pára, não pára, não pára

01/08/2008 - 00:08
Não pára, não pára, não pára A Suzano Papel e Celulose, maior produtora de celulose de eucalipto certificada pelo FSC no mundo e maior empresa em faturamento do setor de papel e celulose do Brasil, não pára de crescer. O novo ciclo de crescimento e de geração de valor é desenhado de forma comprometida e alinhada com o mercado de papéis.

O plano de expansão proporcionará à Suzano ampliação no volume de produção de celulose – em torno de 150% - com um acréscimo de 4,3 milhões de toneladas. As novas linhas de produção serão instaladas no sul do Maranhão (inicio previsto para 2013); Piauí (produção a partir de 2014) e a terceira (com produção programada para 2015) que ainda está sem localização definida, mas tudo caminha para que seja montada em uma das duas novas unidades ou em projeto greenfield (“Greenfield Project” - termo utilizado para descrever uma área de terra em que nenhuma infra-estrutura foi construída, porém existe um projeto para que seja feita uma obra no local). Com capacidade de produzir 1,3 milhão de toneladas cada uma e outras 400 mil toneladas provenientes da otimização da unidade de Mucuri, a Suzano atingirá, até 2015, 7,2 milhões de toneladas de papel. “A indústria como um todo passa por um momento de redução de custo. Nós temos e seguimos a linha de excelência empresarial”, diz Antonio Maciel Neto presidente da companhia.

Maranhão
A nova linha de 1,3 milhão de toneladas de celulose no sul do Maranhão conta com um diferencial: poderá entrar em operação a partir de 2013, uma vez que já há florestas disponíveis e infra-estrutura logística na região em função da parceria estabelecida com a Vale.

O suprimento de madeira virá dos plantios de eucaliptos do Programa Vale Florestar, em implantação no Pará, da aquisição de ativos florestais pertencentes à Vale no sudoeste do Maranhão, de plantios próprios e de fomento no Maranhão e no Tocantins. Este conjunto de alternativas permite equacionar totalmente a base florestal que atenderá a esta planta de celulose.

O Programa Vale Florestar é voltado para proteção e recuperação das florestas nativas em conjunto com o plantio de espécies destinadas à produção industrial, visando o desenvolvimento sustentável da região. Os ativos adquiridos da Vale no sudoeste do Maranhão são compostos por aproximadamente 84,5 mil hectares de terras, incluindo áreas de preservação permanente e de reserva legal, além de cerca de 34,5 mil hectares de plantio de eucaliptos. Estas áreas adquiridas e relacionadas à parceria com a Vale contam com material genético desenvolvido ao longo de décadas de pesquisa na região e, por já se encontrarem em formação, possibilitarão a antecipação da produção desta planta para 2013.

A região é servida pelas ferrovias Norte-Sul e Carajás, que serão utilizadas para o escoamento da celulose para os principais mercados externos, por terminal marítimo a ser definido na região de São Luís. A utilização desta eficiente infra-estrutura existente viabiliza a competitividade das novas operações. “A região em questão oferece boas terras, condições climáticas adequadas e água interessante para a continuidade dos negócios da Suzano”, fala Maciel.

A parceria entre Vale e Suzano está acordada em Memorado de Entendimentos e os contratos definitivos serão formalizados dentro de 90 dias. Os entendimentos com o Governo Federal do Estado do Maranhão, para apoio em infra-estrutura e incentivos, já estão concluídos e o Protocolo de Intenções será assinado nas próximas semanas.

Piauí
A nova linha do Piauí terá capacidade instalada para 1,3 milhão de toneladas e previsão de entrada em operação em 2014. A base florestal já esta totalmente equacionada, sendo composta por cerca de 70% de áreas próprias e outros 30% pelo Programa de Fomento Florestal da empresa.

O material genético é resultado de contínuos trabalhos de pesquisa que a Suzano conduz nessa região há mais de 20 anos. O escoamento da produção será por modal ferroviário da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), mediante contratos a serem firmados conforme Memorado de Entendimento entre as empresas; o acesso aos mercados se dará por terminal marítimo ainda a definir no Maranhão e no Ceará. Os entendimentos com o Governo do Piauí, para apoio em infra-estrutura e incentivos, já estão concluídos e o Protocolo de Intenções será assinado nas próximas semanas.

Unidade Mucuri
De acordo com estudo de engenharia em andamento, a capacidade de produção das duas linhas existentes na Unidade Mucuri, no Extremo Sul da Bahia, poderá ser ampliada em mais de 400 mil toneladas de celulose de mercado, elevando a sua produção total para pouco mais de 2,2 milhões de toneladas de produtos finais por ano. Este processo, que já conta com base florestal equacionada, implicará em investimentos industriais e custos fixos unitários menores quando comparados a um projeto greenfield, que significará melhores condições de competitividade.

A implementação poderá ter início no primeiro semestre de 2009 com operação estimada para o segundo semestre de 2011. A Suzano está em entendimentos com o Governo da Bahia para definir o apoio à implantação deste projeto e se espera que o Protocolo de Intenções seja assinado logo.

Investimentos
O investimento industrial em cada nova unidade de 1,3 milhão de toneladas por ano, com base em projetos atualmente em implantação, é estimado na ordem de US$ 1,8 bilhão. Para a ampliação de Mucuri é previsto um valor de aproximadamente US$ 500 milhões.

Os investimentos na formação da base florestal realizados pela Suzano para a nova planta no Maranhão deverão atingir US$ 200 milhões, dos quais US$ 110 milhões para a aquisição dos ativos florestais da Vale. No Piauí, os investimentos são da ordem de US$ 370 milhões e para Mucuri cerca de US$ 130 milhões. Os aportes somam US$ 700 milhões em formação florestal com exceção para a terceira linha.

Resultados consolidados do 2º trimestre
A Suzano apresentou os resultados do 2º trimestre de 2008 com base em números consolidados em Reais, conforme a Legislação Societária. Os destaques são: aumento no preço de celulose de eucalipto que em abril alcançou US$ 840/t (CIF Ruropa) e em junho novo aumento de US$ 30/t na Ásia; estoque dos produtores de celulose de fibra curte em 34 dias de embarque em maio; recorde de Ebitda de R$ 354 milhões com margem de 35,2%; lucro líquido de R$ 186 milhões, 44% maior do que o 1º trimestre de 2008 apesar da despesa financeira não recorrente de R$ 111 milhões na recompra das ações dos ex-controladores da Ripasa; receita líquida de R$ 1 bilhão bate novo recorde; volume de vendas de celulose de 352 mil toneladas; relação divida líquida / Ebitda cai para 3,19 em junho; custo caixa de celulose reduzido para R$ 424/ tonelada; Real aprecia 9,9% no trimestre; recorde de produção de 691 mil toneladas de papel e celulose no mercado.

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