A Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) divulgou o estudo exclusivo da Entidade, realizado pelo IBRE-FGV. Salomão Quadros, palestrante e coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas mostrou números referentes ao fechamento de 2007 e as perspectivas para 2008.
No ano passado, a indústria de embalagens, impulsionada pelo aumento da demanda interna de bens de consumo, materiais de construção e insumos agropecuários, obteve receita de R$ 32,5 bilhões, valor que corresponde aproximadamente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no período.
Confirmando a reação da indústria de embalagem que desde o segundo o semestre passado vem obtendo índices de crescimento, a produção física de embalagem cresceu 2,1% em 2007, a maior taxa desde 2004.
As exportações diretas tiveram crescimento de 27,22% em relação a 2006 – faturamento de US$ 479.305 mil com forte desempenho da indústria de metálicas (34,99%) e plásticos (27,51%). Os setores de embalagens que apresentaram melhor desempenho em 2007, em volume de produção, foram a indústria de bebidas (5,37%), vestuários e acessórios (5,12%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (5,10%).
Para 2008, o crescimento esperado da produção física é de 2,5% com uma receita projetada de R$ 34,2 bilhões, em um cenário em que, apesar de leve desaceleração do PIB, o mercado interno prossegue aquecido. Outros fatores que devem influenciar o bom desempenho da indústria são o aumento da demanda e o maior grau de utilização da capacidade que favorecem a realização de investimentos.