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Agfa Graphics investe 20 milhões de dólares no Brasil

14/07/2008 - 00:07
A multinacional belga Agfa Graphics, empresa líder no mercado de insumos gráficos, anunciou um pacote de investimentos em sua unidade do Brasil na ordem de 20 milhões de dólares, reafirmando a estratégia da empresa de tornar o Brasil o grande centro de produção e distribuição na América Latina.

“Temos a estratégia de posicionar nossas unidades próximas aos nossos mercados consumidores”, explica Fabrizio Valentini, presidente da Agfa no Brasil e na América Latina.

Localizada em Suzano, na Grande São Paulo, a fábrica brasileira da Agfa Graphics. Atualmente, é a principal fornecedora dos países da América Latina e México. Com a injeção de investimentos, a planta de Suzano terá sua capacidade de produção dobrada, chegando a um total de 20 milhões de metros quadrados por ano, podendo produzir todas as chapas de seu portfólio mundial (incluindo as novas chapas digitais).

Para conseguir este aporte de sua matriz, a Agfa do Brasil precisou mostrar resultados expressivos. Em cinco anos, a filial local dobrou de faturamento. Foram 130 milhões de dólares em 2007 frente a 65 milhões de dólares em 2002.

Essa receita fez com que os negócios da empresa na América Latina tivessem maior representatividade no faturamento mundial da Agfa, que hoje está em torno de 3,3 bilhões de euros. Se em 2002, os negócios no Brasil e no restante do continente eram de 4%, hoje, essa fatia chega a 9%. “E o Brasil representa 40% deste volume”, informa Valentini.

Outro ponto que deve ser ressaltado é o crescimento do mercado de chapas no Brasil. Segundo estimativas, ele movimenta cerca de 250 milhões de dólares por ano. Com um crescimento de 8% ao ano.

Os 20 milhões de dólares serão aplicados nos segundos semestre de 2008 e 2009. E as mudanças na planta de Suzano serão determinantes para que a produção nacional alcance autonomia dos insumos europeus. “Hoje usamos 90% de nossa capacidade de produção. Mesmo com a ampliação, alcançaremos o mesmo número em 2010 e 2011”, continua Valentini, que descarta a construção de uma segunda unidade.

Para se ter uma idéia do tamanho do investimento, a última grande intervenção da matriz belga na unidade brasileira da Agfa Graphics foi em 2005. Na ocasião, foram aplicados 3 milhões de dólares, quase sete vezes menos que agora.

A auto-suficiência alcançada pela Agfa Graphics trará benefícios sem precedentes na história do mercado gráfico da América Latina, atendido na sua totalidade pelos escritórios da empresa no Chile, Colômbia, Venezuela, Peru, Argentina e México. Com este investimento, a Agfa Graphics carrega consigo a responsabilidade de continuar a modernização da região. O reflexo imediato será sentido pelas empresas do setor gráfico, pois poderão investir em equipamentos para pré-impressão, continuando o processo de migração do analógico para o digital, com a certeza que serão abastecidos de maneira rápida e segura (com chapas da ultima geração).

O forte investimento no Brasil deve-se ao grande potencial do mercado gráfico do País e da América Latina, que ao lado de China, Rússia e Índia, apresentam os maiores índices mundiais de crescimento no segmento. Estes três países têm sua demanda atendida pela unidade de Wuxi, na China, e outras fábricas da Agfa Graphics européias.

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