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Editoras atualizam dicionários visando aumento de demanda

02/02/2009 - 00:02
A estratégia das editoras de adaptar aos poucos os livros didáticos à nova ortografia não se repetiu no caso dos dicionários. Grandes empresas correram e lançaram pelo menos nove títulos no mercado, apostando no aumento da procura.

A Abrelivros estima que a reforma ortográfica provocará um crescimento de vendas de, no mínimo, 300 mil exemplares em relação a 2008 - quando foram vendidos 1,2 milhão de dicionários no País.

A Objetiva gastou R$ 400 mil e cinco meses de trabalho para atualizar o Minidicionário Houaiss. A Editora Positivo lançou a 7ª edição do Mini Aurélio e dois novos produtos: o Aurélio Ilustrado e a Palavrinha Viva, ambos para crianças em fase de alfabetização.

A versão mais completa dos dicionários da Objetiva e da Positivo, o Aurelião e o Houaiss, ambos com quase 400 mil verbetes e locuções, está em fase de atualização. "É um trabalho muito cuidadoso", diz o diretor da Positivo, Emerson Santos. "Não é somente corrigir as entradas. O dicionário tem textos para explicar o significado de outras palavras que também precisam ser corrigidos." O Aurélio deve estar até junho nas livrarias. A versão do dicionário para computador deve ser lançada simultaneamente.

Na Objetiva, o clima é de mistério. Diretor da editora, Roberto Feith não revela quando o Houaiss estará nas livrarias. Diz apenas que o maior concorrente do Aurelião terá duas novas versões adaptadas ao longo do ano. "O cronograma de publicação das versões adaptadas é confidencial."

A Companhia Editora Nacional também investiu no segmento, com o Dicionário da Academia Brasileira de Letras e o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, do veterano professor Domingos Paschoal Cegalla. "Só do dicionário da ABL nós esperamos vender 50 mil exemplares este ano", diz Youssef.

Fonte: O Estado de São Paulo - Bruno Versolato - 30.1.2009

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