Page 18 - 97

Basic HTML Version

Papéis Imprimir e Escrever
GRAPHPRINT MAR/10
18
Rives de papéis finos, e contamos com
mais novidades durante o ano.”
Quem também pretende continuar acredi-
tando no mercado e investindo em novi-
dades é a Arjowiggins. Este é compromis-
so da empresa com o mercado, conforme
o diretor comercial & marketing Papéis
Finos América Latina, Ronald Dutton, que
garante que a Arjowiggins tem mantido
esta linha de conduta que é a mola mestra
de sua estratégia. “Um exemplo claro é o
próprio Markatto, lançando no ano passa-
do em plena crise global.”
Fazer movimentos como esse, segundo
Dutton, funciona como um ‘gatilho’ pro-
movendo movimentação no mercado e
fazendo com que ele se mova. “Se isso
promove um ganho real em tempos de
crise, em tempos de estabilidade ou, no
nosso caso, de recuperação, os ganhos
são ainda maiores.”
No entanto, Dutton reconhece que o efei-
to provocado pela crise foi a retração no
consumo de papéis no segmento promo-
cional. “Infelizmente, como é costume em
nosso mercado, a primeira redução de
custo que se faz é em marketing, publici-
dade e promoção. Esse fenômeno não foi
diferente nesta crise. Clientes, agências e
designers reduziram drasticamente seus
orçamentos de marketing e comunicação
ou utilizaram seus recursos em mídias de
grande cobertura, o que não necessaria-
mente lhes vai gerar um retorno adequa-
do. Apesar disso, em papéis finos o efeito
foi minimizado, uma vez que a redução de
budgets leva a uma otimização das ações
e, com isso, a uma busca por melhorar o
retorno sobre o investimento. Já que não
podemos fazer comunicação para todo
nosso mailing, faremos uma comunicação
sofisticada para um público mais sofisti-
cado e menos impactado pela crise, por
exemplo.”
Expectativas
Dutton acredita que a Copa do Mundo e as
eleições podem impactar positivamente o
setor em 2010,movimentando gráficas em
todo o Brasil e promovendo o aquecimen-
to do mercado promocional. “Outro fator, e
este sim o mais importante, é a recupera-
ção da economia. Eventos sazonais como
Copa do Mundo e eleições promovem um
aquecimento artificial e não sustentável;
já a recuperação econômica é um fator
sólido e capaz de promover a sustenta-
bilidade do crescimento do setor por um
período longo e de forma constante.
Para melhorar ainda mais o setor, a Bra-
celpa está empenhada em resolver um
problema antigo, que é um dos trabalhos
de maior foco do setor no segmento de
papéis para imprimir e escrever e diz res-
peito ao combate da ilegalidade e à eva-
são fiscal gerada pelo desvio de finalidade
do papel imune. Segundo a Constituição
de 1988, papéis destinados à impressão
de livros, jornais e periódicos são imunes
de tributos, uma resolução para viabili-
zar o acesso à informação e ao conhe-
cimento. Entretanto, segundo Elizabeth,
essa imunidade não é estendida a papéis
usados para outras finalidades. “Porém,
José Antônio Viana, gerente de papéis da
Bignardi:
“Não foi um ano ruim (2009) para
o setor, porém vale ressaltar que
os papéis para imprimir e escrever
offset tiveram uma retração em razão
da grande oferta dos papéis couchê
importados no mercado, preços
favorecidos pela baixa do dólar e
grande quantidade de papel imune”
nos últimos anos, parte do produto que é
declarado para fins editoriais vem sendo
desviada na cadeia de comercialização,
sem o recolhimento dos impostos devi-
dos. É um processo que gera prejuízos
para as empresas e evasão fiscal, uma
vez que reduz a arrecadação tanto da
União quanto dos Estados.” Desde 2008,
a Bracelpa negocia com o governo fede-
ral uma solução para esse problema. No
final de 2009, a Receita Federal publicou
uma instrução normativa para regulari-
zar a concorrência no segmento de papel
imune. “Sem dúvida, há grandes expec-
tativas por mais fiscalização e regulari-
zação desse mercado em 2010”, conclui
a presidente-executiva da Bracelpa.
Adriano Canela, gerente de estratégia e marketing da Unidade de Papéis da Suzano:
“Assim como outros produtos de consumo, o mercado de papel
encontrou dificuldades no início do ano, mas apresentou uma forte
recuperação ao longo do ano, especialmente na segunda metade
de 2009. A performance da Suzano acompanhou esta ascensão
fechando o período com um resultado bastante favorável”