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Equip. para Impressão Rotativa
GRAPHPRINT NOV/09
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tativas de menores custos, mas de tecnologia
avançada, tende a transformar esse segmento.
Novas rotativas comerciais verticais, com cura
ultravioleta, por exemplo, mostram-se uma
alternativa muito interessante para produção
com ótima relação custo/qualidade.”
Möller vê novidades também no segmento edi-
torial: “É notório o crescimento de jornais im-
pressos em rotativas de gráficas comerciais,
em heatset, com alta qualidade, com mais bri-
lho e apelo para publicidade. Por outro lado,
vemos também cada vez mais jornais com ro-
tativas capazes de produzir determinados tipos
de revistas e produtos semicomerciais graças
às rotativas híbridas, combinando coldset com
heatset ou UV. Essas e outras mudanças são
consequência dos avanços tecnológicos em
todos os tipos de rotativas.”
O gerente da MAN Ferrostaal concorda que a com-
binação de tecnologias que fez com que os des-
perdícios no start-up de rotativas fosse reduzido
merece destaque, pois permitiu maior competiti-
vidade das rotativas para produtos com tiragens
menores. “Outro grande destaque é a evolução
da impressão rotativa vertical (anos atrás, voltada
apenas para a produção empapéis não revestidos)
que, com a evolução do processo de cura UV, ideal
para este tipo de impressão rotativa, passa a ser
uma fantástica alternativa para alguns segmentos
de mercado”, ressalta Möller.
“O segmento de impressão rotativa não irá bus-
car somente aumento de capacidade instalada,
pois estará buscando qualidade, produtividade e
redução de custo. Em nossas máquinas temos
o ganho de papel com a tecnologia Sunday, que
mostra ser uma forte tendência para o mercado”,
garante o presidente da Goss, Vitor Dragone.
Perfil de produção
Já Alexandre Dalama, do departamento de
vendas da Rotatek Brasil, acredita que essa
vantagem competitiva depende do perfil da
produção gráfica. “Há gráficas que têm toda
sua base produtiva e de custos estruturada no
sistema de produção plana e outras em pro-
dução pelo sistema rotativo. Depende também
do tipo de produto, pois neste caso cada tec-
nologia se aplica melhor em cada realidade. É
uma questão muito relativa à plataforma de
produção, cultura técnica, qualidade, compe-
titividade e custos produtivos.”
O certo, pondera Dalama, é que não podemos
afirmar que uma tecnologia anula a outra.
“Certa vez, durante uma visita à famosa feira
gráfica Print, em Chicago, nos EUA, eu assisti
a uma palestra cujo palestrante, por questão
ética reservo o sigilo dos dados pessoais, falou
que dentro de poucos anos o sistema offset
sumiria do mercado e toda a base produtiva
das gráficas, sem distinção de tipo ou tama-
nho, estaria estruturada em tecnologia digital.
Enfim, o comentário gerou enorme desconten-
tamento nos concorrentes e outros ficaram
assustados com a afirmação do palestrante.
Por fim, após alguns anos dessa afirmação, o
que se viu é que sua companhia foi vendida a
troco de dívidas e com enormes prejuízos na
bolsa para uma grande companhia do se-
tor de impressoras do mercado de varejo. A
bola de cristal do palestrante não funcionou
tão bem assim como ele imaginou; excesso
de confiança, talvez. Aliás, acredito que a
grande maioria dos ‘Walters Mercados’ de
plantão está até hoje procurando o resulta-
do de suas previsões.”
Dalama alerta que, ao invés de dar ouvido a
esse tipo de gente, o empresário deve cercar-
se de bons parceiros comerciais e acompanhar
de perto sua produção e as exigências de seus
clientes. “Aí, sim, ele terá condições de avaliar
qual é a melhor alternativa técnica para sua
produção.”
O diretor da Solna, Karl Klökler, também tem
uma visão mais moderada: “Os avanços tec-
nológicos tanto ocorreram nos equipamentos
de impressão rotativa como nos de impressão
plana. A competitividade entre os mesmos não
se alterou em função destes avanços. O que
houve foi uma maior segmentação dos produ-
tos impressos, o que levou parte dos produtos
antes impressos em rotativas a serem produ-
zidos em impressoras de folha.”
Diante desse quadro, Klökler destaca que é
possível observar-se ainda uma maior divisão
no segmento de impressão plana, onde hou-
ve nos últimos anos uma ampliação dos cha-
mados formatos grandes. “Estas impressoras
absorveram parte da produção originalmente
prevista para as rotativas, sendo que houve
também um incremento de produção nos cha-
mados pequenos formatos.”
No entanto, o diretor da Solna reconhece: “O
setor de impressoras rotativas sofreu grandes
avanços tecnológicos na última década e,
com isto, oferece, hoje em dia, a possibili-
dade, em muitos casos, de entregar em sua
saída um produto terminado. Também ofere-
ce a vantagem de, pelo alto grau de produti-
vidade e acumulação de páginas, simplificar
substancialmente o setor de acabamento
das gráficas, que, muitas vezes, representa
o gargalo da produção.”
“Há gráficas que têm toda sua base produtiva e de custos estruturada no sistema de produção
plana e outras em produção pelo sistema rotativo. Depende também do tipo de produto, pois
neste caso, cada tecnologia se aplica melhor em cada realidade. É uma questão muito relativa à
plataforma de produção, cultura técnica, qualidade, competitividade e custos produtivos” -
Alexandre Dalama, do departamento de vendas da Rotatek Brasil: