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PANORAMA
GRAPHPRINT SET/09
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O “Estudo Setorial da Indústria Gráfica no Brasil” foi lançado no dia 26 de
agosto, na sede do Sebrae Nacional, em Brasília. O trabalho é uma reali-
zação da Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) por
meio de parceria com o Sebrae Nacional.
Inédito, seu conteúdo abrange detalhado perfil da indústria gráfica na-
cional, com grande aprofundamento sobre o porte das empresas, ativida-
des, número de funcionários, localização geográfica, estrutura produtiva
(unidades fabris, processos, volume de produção, capacidade instalada,
investimentos e máquinas), dentre outros itens. Trata-se do trabalho mais
completo já feito sobre o setor no País.
Alguns dados
Para realizar o estudo, foram ouvidas 8.278 empresas das 19.897 existen-
tes, representando 20.295 unidades gráficas. Juntas, elas geram 276.731
mil empregos diretos. Das 20.295 unidades gráficas, 19.930 (98,25%) são
comerciais, 142 religiosas, 122 sindicais e 101 públicas.
A operação dessas empresas, em 2008, absorveu cerca de 6,5 milhões de
toneladas de papel, representando faturamento de R$ 23,1 bilhões. Desse
montante, o equivalente a R$ 1,6 bilhão foi investido no ano passado na
modernização e/ou ampliação do seu parque produtivo, valor que repre-
senta 7% do faturamento total do setor em 2008.
Foi constatado que o setor é constituído em sua maioria por empresas
de micro e pequeno portes, que representam 88,7% do número total e
foram responsáveis por 32,2% da mão de obra empregada e 21% do fa-
turamento de 2008. No geral, o setor trabalha com média de 16 funcio-
nários por empresa, operando unidades industriais com médias de 1.211
metros quadrados e 18 anos de fundação; 77% delas trabalham em um
único turno de 8 horas/dia, 17% em dois turnos e 6% em 3 turnos, o que
garante um nível de utilização da capacidade instalada de produção da
ordem de 80%.
Estudo disseca a
indústria gráfica
brasileira
Desenvolvido pela Abigraf e Sebrae, o
trabalho é o mais completo já feito
sobre o setor no País.
Com base nos indicadores apresentados, pode-se estimar que a parti-
cipação do setor se aproxime de 1,5% do faturamento total da indústria
de transformação nacional. Essa participação é ainda mais significativa
quando se compara a mão de obra diretamente empregada pelo segmen-
to, alcançando um índice próximo a 2,8%.
A idade média de existência das gráficas é de 18 anos e 32% das empre-
sas em atividade no segmento possuem menos de 10 anos de operação.
Quase 57% das unidades produtivas possuem entre zero e quatro funcio-
nários. Outras 19% têm entre cinco e nove empregados. Entre dez e 19
empregados, são 13% das unidades. Isso significa que apenas 11% das
unidades gráficas em operação empregam mais de 19 funcionários (mão
de obra diretamente empregada e formalmente registrada). Segundo o
levantamento, somente oito unidades produtivas empregam diretamente
mais de mil funcionários.
Na Região Sudeste se concentra o maior número de unidades produtivas
(53,8%); seguida do Sul, com 23,3%; Nordeste, com 12,5%; Centro-Oeste,
com 7,4%; e Norte, com 3,0%.
Evolução
A evolução da mão de obra no setor gráfico foi assim: 2006 - 257.719 fun-
cionários; 2007- 267.240 funcionários; e 2008 - 276.731 funcionários.