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CONGRESSOS
GRAPHPRINT SET/09
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Um dos temas discutidos em especial foi o fato de as gráfi-
cas versáteis e equipadas com critério serem fundamentais
para viabilizar economicamente o veículo jornal em tempos
de grandes transformações.
A necessidade crescente de os jornais apresentarem-se
mais atraentes para seus leitores anunciantes e a importân-
cia das empresas jornalísticas mostrarem-se cada vez mais
versáteis em suas operações, oferecendo aos clientes um
maior mix de produtos com mais valor agregado e custos
operacionais reduzidos, norteou várias apresentações do
Comtec 2009. Exemplos positivos do passado e presente fo-
ram apresentados e debatidos em vários momentos do con-
gresso. “Os temas abordados foram ao encontro com a visão
que temos procurado passar aos jornais nestes últimos dez
anos. Já há quase um consenso de que a gráfica pode e deve
ser importante fonte de receita para a empresa jornalística
e, se equipada adequadamente, fundamental no processo de
adaptação do produto impresso para o mercado atual”, diz o
responsável da MAN Ferrostaal pela linha de produtos volta-
dos ao segmento jornal, Richard Möller.
O fato de a mídia eletrônica se posicionar como aliada da
mídia impressa, e não mais como concorrente dos jornais,
e as mudanças necessárias a estes veículos impressos para
adequarem-se às características atuais do mercado leitor e
publicitário também ganharam destaque no Comtec 2009. A
24ª edição do congresso aconteceu entre os dias 16 e 18 de
agosto, no Rio de Janeiro, coincidindo com a comemoração
dos 30 anos da ANJ. O evento contou com a presença de
fornecedores da indústria gráfica, diretores industriais e de
operações dos principais jornais do Brasil.
Möller avaliou as palestras dessa jornada do Comtec positi-
Richard Möller, Jânio Coelho e Guilherme Reis
Ampliando
fronteiras
Este foi o tema central da
última edição do Comtec
2009 – Congresso do Comitê
de Tecnologia da Associação
Nacional de Jornais – ocorrido
no Rio de Janeiro entre os dias 16
e 18 de agosto.
vamente: “Tivemos bons temas e um nível de participação muito positivo.” Para ele,
uma palestra mereceu destaque: “Ajudando a pagar a conta”, apresentada por Gui-
lherme Reis, diretor industrial da Sempre Editora (MG). “De forma clara, Reis mostrou
como a Sempre se preparou para ter em sua própria gráfica uma aliada que ajuda a
gerar receita para a empresa e os resultados práticos deste investimento. Um inves-
timento que envolve não somente a utilização de tecnologia adequada como também
a formação de uma filosofia que precisa fazer parte de todos os departamentos dos
jornais”. A Sempre Editora imprime dois diários, O Tempo e Super Notícia, e outros
três títulos semanais, além de mais de 180 veículos para terceiros. A empresa possui
atualmente duas impressoras rotativas Manugraph Hiline e uma impressora plana
Ryobi 784. Em breve, terá o parque gráfico expandido com mais um investimento feito
com apoio da MAN Ferrostaal.
Reis explicou também como a Sempre tira proveito de sua força como jornal para a
comercialização de outros produtos gráficos: “Muitos clientes sentem-se orgulhosos
em serem parceiros de uma empresa que tem credibilidade e compromisso com a
sociedade e o mercado. O fato de nossa gráfica produzir e entregar produtos comple-
xos, como jornais, que saem todos os dias no horário, gera a confiança de que temos
a capacidade de fornecer também outros produtos gráficos. Retribuímos com bom
atendimento e serviço de qualidade”.
Chamou a atenção entre os participantes do evento a afirmação de que todos os
colaboradores do jornal sabem da importância da gráfica como unidade de negócio e
se adaptam ao máximo a essa realidade. “Os jornais da casa têm vantagens, como os
horários preferenciais, mas são clientes como quaisquer outros”, afirma Reis.
Como nas edições anteriores, os debates em torno das reformulações de formato
e leiaute não ficaram de fora. Os jornais impressos buscam adequar-se às novas
demandas de mercado e o produto tende cada vez mais a se tornar uma espécie de
revista diária. Com isso, tecnologias como UV e heatset, sistemas de refile e gram-
peamento, tornam-se cada vez mais populares. “O jornal que seguir aquele modelo
que fazia sucesso no século passado não sobreviverá. Todos buscam agora novos
modelos de negócio, novos nichos, novos posicionamentos. Seja qual for a estratégia
escolhida, alguma adequação do produto será sempre necessária”, avalia o diretor
da Sempre Editora.