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Papéis Reciclados
GRAPHPRINT SET/09
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Norma aprovada
A ABNT aprovou em agosto a Norma de Definição de Pa-
pel Reciclado. O produto terá de ser composto por 50%
de fibras recicladas e 25% do total de fibras terá de se
originar do pós-consumo. A comprovação da origem da
fibra será feita em auditoria nas empresas por meio da
apresentação de notas fiscais de compra de aparas.
Vale ressaltar que as definições de pré e pós-consumo es-
tão registradas desde 2004 na Norma ABNT NBR ISO 14021.
Entende-se como pré-consumo o material desviado do fluxo
de resíduos durante um processo de manufatura. Exclui-se
a reutilização de materiais, tais como retrabalho, retritura-
ção ou sucata, gerados em um processo e capazes de se-
rem reaproveitados dentro do mesmo processo que o gerou.
Já pós-consumo é o material gerado por domicílios ou por
instalações comerciais, industriais e institucionais, como
usuários finais do produto, e que já não pode mais ser usa-
do para o fim ao qual se destina. Isto inclui devoluções de
material da cadeia de distribuição.
quanto o reciclado tenham suas vantagens e suas desvantagens. “A Ar-
jowiggins está inserida no contexto de papéis reciclados, dentro de sua
filosofia de oferecer diferenciação ao mercado, e com esse conceito apre-
senta o Natural Plus, um papel reciclado colorido na massa.”
Falando em diferenciação, a analista de marketing da MD Papéis, Fran-
cine Felippe Santos, observa que esse tipo de papel é mais utilizado no
mercado promocional, pois é um segmento onde há essa necessidade,
seja pelo aspecto gráfico ou pelo conceito de sustentabilidade ou apelo
ambiental. “O papel reciclado ressalta a preocupação com o meio am-
biente da empresa que o utiliza e funciona como mídia para a divulgação
de suas políticas socioambientais.”
A MD Papéis, ao adquirir as fábricas da Ripasa, tornou-se uma das maio-
res fabricantes de papéis e cartões reciclados. “Temos grande penetra-
ção no segmento gráfico e de embalagem, principalmente por meio dos
distribuidores de papéis, que são responsáveis pela pulverização do pro-
duto para pequenas e médias gráficas. Nossos produtos passaram por
melhorias na receita, para assim atender à demanda do mercado sem
deixar de lado a preocupação social e ambiental”, afirma Francine.
“Com a percepção da sociedade da necessidade de uma otimização da
cadeia do papel de imprimir e escrever através do uso intensivo de papéis
reciclados houve um aumento da demanda por esses produtos em detri-
mento ao uso de papéis de fibras virgens”, explica Fernando Wagner San-
dri, diretor de planejamento comercial e marketing da Ibema, lembrando
sempre que o uso de material reciclado em papéis para embalagem e
outros fins já é amplamente difundido. Esta ação, diz ele, gerou a inicia-
tiva dos atuais fabricantes de papel a desenvolverem linhas de produtos
específicas para aplicações em imprimir e escrever. “O uso de material re-
ciclado para esses produtos somente é possível a partir da existência de
papéis com fibras virgens, ou seja, o uso coordenado dos dois produtos é
o processo pelo qual estamos passando atualmente. Esse fato é relevante
a partir do conhecimento de que a fibra celulósica é desgastada a partir do
seu uso primário e, consequentemente, com expressivas perdas de proprie-
dades físicas, até sua impossibilidade de reutilização.”
Francine Felippe Santos, analista de marketing da MD Papéis:
“O papel reciclado ressalta a preocupação com o
meio ambiente da empresa que o utiliza e funciona
como mídia para a divulgação de suas políticas
socioambientais”
Fernando Wagner Sandri, diretor de planejamento comercial e marketing da Ibema:
“O uso de material reciclado para esses produtos
somente é possível a partir da existência de papéis
com fibras virgens, ou seja, o uso coordenado
dos dois produtos é o processo pelo qual estamos
passando atualmente”