Revista Graphprint - Edição 195

Entrevista GRAPHPRINT Jan/Fev 2020 6 Luiz Carli, Diretor Geral da OKI Data Brasil, analisa as novas tecnologias e o futuro do mercado de impressão de baixo volume. Para o executivo, mesmo com os desafios diários, o mercado de impressões de baixo volume nunca esteve tão em alta. E os motivos, na opinião de Carli, são: a indústria está se inovando diariamente e mais pessoas e empresas buscando itens customizados para as mais di- versas ocasiões. O avanço tecnológico no mercado de impressão tem per- mitido aos fabricantes oferecer uma nova gama de opor- tunidades para seus clientes e parceiros. “A inclusão do toner branco em equipamentos voltados ao mercado de baixo volume, por exemplo, é um marco para o setor”, avisa Carli. “O recurso permite a impressão em mídias escuras e transparentes, além de formar um calço por baixo de ou- tras cores, entregando uma impressão brilhante e com todas as cores em destaque, mesmo em papéis coloridos”, acrescenta. Outra análise do diretor geral da OKI é que a indústria de impressão está migrando rapidamente do operacional para o estratégico, mesmo em tiragens reduzidas. “Antes, o foco estava apenas na arte e no conteúdo a serem im- pressos. Agora, a tecnologia aplicada nos equipamentos e softwares influencia inclusive a forma como designers e redatores pensam e criam seu conteúdo”, alerta. Acompanhe a seguir a entrevista com Carli. O lado estratégico em ação LUIZ CARLI O mercado gráfico está com constante transição e as gráficas pre- cisam se adequar quase que diariamente com demandas diversi- ficadas. Qual a sua opinião sobre esse cenário? Na era da experiência, nenhum cliente é igual ao outro. É preciso personalizar e oferecer soluções exclusivas. Não por acaso, pesqui- sas apontam que a personalização e a customização de produtos e serviços será um dos pilares da economia global nos próximos anos. Por outro lado, é preciso ser mais enxuto e efetivo a cada dia. Ou seja: diferenciar a oferta como nunca, e ser extremamente assertivo como sempre. É exatamente por conta desse contexto desafiador que podemos dizer que o mercado de impressões de baixo volume nunca esteve tão em alta. Motivos para isso não faltam: de um lado, a indústria está se inovando diariamente; do outro, há cada vez mais pesso- as e empresas buscando itens customizados para as mais diversas ocasiões - dos tradicionais brindes e eventos até os produtos mais inovadores e diferentes. GRAPHPRINT: O movimento de transformação da impressão também passa pela demanda de baixo volume? Carli: Para a indústria de impressão de baixo volume, portanto, es- se é um momento que merece atenção especial, com grandes opor- tunidades a serem conquistadas. Afinal de contas, estamos falando de uma área na qual os clientes estão abertos a novas sugestões de produtos, oferecendo boas possibilidades para a expansão dos negócios. Por exemplo: a impressão personalizada é uma oportunidade para gráficas, que atuam como fornecedores terceirizados, oferecerem soluções únicas e de melhor acabamento. Já para as empresas, é possível internalizar os serviços de impressão de modo mais eco- nômico e prático. Apenas para ilustrarmos este cenário, podemos pensar nos convites para festas. Ao mesmo tempo em que um orga- nizador pode adquirir o produto de um fornecedor externo, neste caso, as gráficas, uma empresa de planejamento de eventos pode ter sua própria impressora e produzir os convites internamente, entre outros produtos. Depende apenas do perfil de cada cliente.

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