Revista Graphprint - Edição 192

GRAPHPRINT jul/Ago 2019 38 Cenário Os dados são da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, ser- viços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações e fazem parte do estudo IDC Quarterly Hardcopy Tracker Q1/2019 que acaba de ser divulgado. “O resultado ficou ligeiramente abaixo do esperado, principalmen- te porque o primeiro trimestre do ano passado foi um ótimo perí- odo para o mercado de impressão e porque 2018 vinha com sinais de aquecimento da economia. Após as eleições, esperava-se que este ritmo se mantivesse, mas o mercado ainda não está confiante e aguarda melhor momento para investir em estrutura e na compra de novos equipamentos”, explica Rodrigo Pereira, analista de mer- cado de impressão da IDC Brasil. Os equipamentos preferidos no primeiro trimestre de 2019 foram com tanque de tinta, com 260.930 unidades vendidas. Em segui- da, vieram as impressoras com cartucho de tinta, com vendas de 251.582, os modelos a laser, com 119.465, e as matriciais, com 1.391. “Embora os modelos tanque de tinta tenham sido os mais vendidos no primeiro trimestre, a categoria que mais cresceu foi a de cartucho, que cresceu 4,7%. Os outros três tipos tiveram queda em relação ao mesmo período de 2018.Tanque de tinta caiu 3,2%, laser teve queda de 9,1%, e matricial 25,5%”, afirma o analista da IDC Brasil. Estudo da IDC Brasil analisa mercado de impressão no primeiro trimestre de 2019 No primeiro trimestre deste ano, foram vendidas 633.371 máquinas - entre impressoras (51.665) e multifuncionais (581.706) -, apenas 1,5% a menos do que no mesmo período do ano passado, e 34,4% a mais do que no quarto trimestre de 2018, o mais fraco daquele ano MODELOS Os modelos com cartucho de tinta também foram os que tiveram maior representatividade nas vendas no varejo. Neste mercado, que consumiu 369.793 máquinas, 199.896 (54,1%), eram desse mo- delo. As máquinas tanque de tinta ficaram em segundo lugar na preferência do consumidor, com vendas de 150.831 unidades (40,8%), e na sequência os modelos a laser, com 19.066 (5,2%) equipamentos vendidos. “Nesta época do ano, por conta da volta às aulas, é natural um volume de vendas maior no varejo”, diz Pereira. Mas, destaca o analista, quando se trata do mercado de impressão, o recorte entre varejo e corporativo não deve ser visto com rigor ab- soluto, já que, além de usuários domésticos, também profissionais liberais, micro e pequenas empresas compram esse tipo de equipa- mento em lojas físicas e online. Em termos de preços, alguns fabricantes trabalharam com preços promocionais, principalmente para linhas voltadas para o varejo e em ações de volta às aulas. Outros apresentaram ticket médio acima do praticado no primeiro trimestre de 2018, devido ao lan- çamento de produtos e pelo fato de que, no início do ano passado, o dólar estava mais estável e com cotação inferior, quando compa- rado ao mesmo período deste ano. O resultado dessa combinação de preços gerou uma receita total de US$168.7 milhões, queda de 4,7% em relação aos três primeiros meses de 2018. EXPECTATIVAS Para o segundo trimestre, a expectativa da IDC é de queda de 3,9% e, para o ano todo, a projeção é de crescimento de 3,5%. “O ótimo desempenho do mercado total de impressão em 2018 acentua a queda em 2019, mas no último trimestre deve haver um impulso que elevará a média anual. Segundo economistas, as resoluções po- lítico econômicas projetadas para o final do ano devem reaquecer a economia brasileira e espera-se uma rápida resposta do merca- do após isso,”, afirma o analista da IDC. “Com a recuperação da confiança do empresário e do consumidor, aliado à estabilização econômica, podemos ter a volta de investimentos em estrutura, equipamentos e em novos colaboradores, e isso deve direcionar o mercado de volta ao prumo”, reflete. Segundo Pereira, o mesmo vale para o mercado de consumo, uma vez que a segurança profis-

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