Revista Graphprint - Edição 192

GRAPHPRINT Jul/Ago 2019 31 Automação Automação e tecnologia de ponta: o presente e o futuro das empresas no Brasil POR WIRANDÉ CAMPOS, DIRETOR DE OPERAÇÕES (COO) DA PRINTI Não é de hoje que o investimento em tecnologia para melhorar processos e aumentar resultados vem sendo discutido por diversas empresas de diferentes setores no mercado brasileiro. Em linhas gerais, a inovação nunca foi um assunto tão prioritário como tem sido nos últimos anos por aqui. Entretanto, ainda há muito espaço para o tema. De acordo com a GS1, Associação Brasileira de Automa- ção, o índice de automação do mercado nacional atingiu 0,22 em 2017. Considerando que o máximo dessa escala é 1, é possível concluir que as oportunidades são grandes. Segundo o mesmo levantamento, a indústria sai na frente do comércio, com 0,26 contra 0,19. De fato, a produção nacional tem bons exemplos de como a automação aprimora a operação das empresas. No setor gráfico, por exemplo, já é possível coletar a de- manda de um usuário pela internet e automaticamente acionar a fábrica para preparar o pedido, seja qual for o material, a tiragem ou a distância do consumidor. E, dentro do parque gráfico, a automação impera. Inves- tindo em tecnologia de ponta, uma empresa pode reduzir o número de máquinas, aumentar significativamente a produtividade, reduzir o tempo de produção e, por isso, receber mais demandas, faturar mais e satisfazer ainda mais clientes. Um caso de sucesso da automação envolvendo tanto in- dústria quanto comércio é o controle de logística. Graças a um sistema que integre vendas ao estoque e, conse- quentemente, à expedição, a precisão da jornada de um produto até a chegada a um determinado consumidor aumentou bastante. Neste contexto, até o passageiro que viaja de avião se beneficia com a automação. Isso porque algumas com- panhias aéreas adotaram o RFID, um recurso de radio- frequência que ajuda essas empresas a rastrearem as baga- gens e destiná-las para os voos corretos por meio de uma simples etiqueta de identificação. Uma pesquisa realizada pela Avanade afirma que empresas que digitalizam processos podem ter receitas até 70% maiores do que organiza- ções que não investem em tecnologia. Neste sentido, a Fundação Getúlio Vargas aponta que os gastos com TI representam uma média de 7,7% do faturamento das companhias. Mais uma vez, tem espaço para crescer. Muito se fala da preocupação em relação às pes- soas. Dizem por aí que a tecnologia substituirá o capital humano. Na verdade, ela faz com que surjam novas profissões e leva as empresas a se preocuparem com novas qualificações aos seus funcionários. De acordo com dados do Panora- ma de Treinamento no Brasil, as organizações investiram uma média de R$ 2,21 milhões em qualificação interna no ano passado. Já ficou mais que provado que a automação traz rapidez, melhora a experiência dos consu- midores, diminui erros, reduz custos e propor- ciona uma série de outros benefícios, além de capacitar pessoas. É um caminho sem volta: a tecnologia veio para ficar. “No setor gráfico, por exemplo, já é possível coletar a demanda de um usuário pela internet e automaticamente acionar a fábrica para preparar o pedido, seja qual for o material, a tiragem ou a distância do consumidor.”

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