Revista Graphprint - Edição 185

GRAPHPRINT Mai/Jun 2018 23 A IDC Brasil, empresa de inteligência de mercado, serviços de consultoria e de con- ferências para indústrias de Tecnologia de Informação e Comunicações, divulgou os resultados do estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q4/2017. Entre outubro e dezem- bro de 2017, foram vendidos no Brasil 1,2 milhão de tablets no país, 2% a menos do que no mesmo período de 2016. Com esses números, o mercado brasileiro de tablets fe- chou o ano com uma queda de 4,8% e um total de 3,79 milhões de unidades vendidas – um desempenho que indica uma recupe- ração significativa em comparação aos anos anteriores – em 2015, as vendas registraram uma queda de 39%, e em 2016, de 32%. “Depois do boom de vendas entre 2012 e 2014, vários fatores impactaram o merca- do, como a ascensão dos smartphones, que se tornaram mais acessíveis, ganharam telas maiores e tomaram o lugar do tablet como dispositivo móvel preferido para acesso à Internet, e o início da crise econômica em 2015, que fez o dólar disparar, aumentan- do os preços dos produtos importados que chegavam ao mercado com custo muito baixo”, comenta Wellington La Falce, ana- lista de pesquisa da IDC Brasil. A experi- ência ruim com equipamentos importa- dos econômicos, mas de baixa qualidade e garantia também contribuiu para minar a imagem dos tablets. Segundo La Falce, depois de dois anos de queda acentuada nas vendas, muitas marcas saíram de cena, houve uma consolidação do mercado e quem ficou está mais focado e com estratégias bem agressivas. Com isso, Mercado de tablets fecha o ano de 2017 com queda de 4,8% Vendas no ano passado somaram 3,79 milhões de unidades, contra 3,98 milhões em 2016 em 2017 as vendas tiveram uma queda pequena e o segmento chegou a um ponto de maturidade. “Hoje vemos poucas marcas atuando em nichos bem definidos, com equipes dedicadas e foco em qualidade e preços mais atraentes. O consumidor não deixou o tablet de lado, e mesmo que os dispositivos de entrada, com preço inferior a R$500, ainda dominem o setor, com 72% de fatia de mercado em 2017, houve um crescimento na faixa média, de equipamentos entre R$500 e R$1000, com 20% das unidades vendidas no ano passado”, diz o analista da IDC. Em termos de receita, registrou-se uma queda de 9%, com R$1,88 bilhão em vendas durante o ano de 2017, contra R$2,08 bilhões em 2016. O valor do ticket médio caiu de R$513 em 2016 para R$ 497 em 2017. No quarto trimestre, no entanto, registrou-se a melhor receita do ano, com demanda mais alta por produtos melhores. Neste período, fo- ram vendidos 1,209 milhão de tablets - uma retração de apenas 2% em comparação com os últimos três meses de 2016, mas o ticket médio do período foi de R$524,00 – 7% aci- ma do mesmo período de 2016, o que impulsionou um crescimento em receita de 4,7%. Para 2018, a IDC Brasil ainda prevê uma queda no mercado de tablets, mas com um mix de produtos melhor e uma tendência à estabilização e ao equilíbrio de oferta e demanda. “A previsão para este ano é que as vendas cheguem a 3,58 milhões de equipamentos, com uma retração de 5,6% em relação ao ano de 2017. O mercado continuará focado em produtos para crianças, mas o público mais maduro também estará olhando para essa categoria e procurando equipamentos com especificações melhores”, acredita La Falce.

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