Revista Graphprint - Edição 185

GRAPHPRINT Mai/Jun 2018 15 Panorama Os números indicam o crescimento do consumo aparente desses papéis. Para a Andipa, o resultado segue a tendência de recuperação verificada a partir de meados do ano passado, sobretudo nas vendas internas e nas importações. Entre janeiro e março desse ano, os fabricantes nacionais produziram 609 mil toneladas de papéis para imprimir e escrever (I&E). O volume cresceu 1,7% sobre as 599 mil toneladas apuradas no primeiro trimestre de 2017. Os dados são da edição 47 do informe estatístico da Indústria Brasileira de Árvores, Cenários Ibá. Con- forme o boletim, as vendas internas aumentaram 1,5% no período de com- paração, passando de 342 mil toneladas para 347 mil toneladas. Já a fatia desti- nada ao mercado internacional recuou 2,9%. De janeiro a março desse ano foram exportadas 232 mil toneladas de I&E, contra 239 mil toneladas na par- cial de 2017. Os desembarques de papéis estrangei- ros, nos três primeiros meses do ano, somaram 74 mil toneladas. O volume é 12% maior do que as 66 mil toneladas internalizadas até março de 2017. Com o aumento na produção e nas importações, o consumo apa- rente de I&E foi de 451 mil toneladas, crescimento de 5,9% so- bre as 426 mil toneladas do primeiro trimestre do ano passado. O cálculo do consumo aparente considera o total produzido mais o importado, descontando o exportado. Abril tem importação menor; cuchê é uma das exceções Mesmo com a redução das importações de papéis em geral, no mês de abril, o acumulado anual cresceu em relação a 2017. Uma das ex- ceções é o papel cuchê, que registrou ligeira alta sobre março, porém nos quatro meses recuou ante o ano anterior. Os dados oficiais da Se- cex são consultados mensalmente pela Andipa, que destaca os prin- cipais tipos de papéis comercializados pelo segmento de distribuição. Dos sete subgrupos acompanhados, quatro – cuchê, ofsete, cartão e MWC – tiveram aumento no volume de abril frente ao mês anterior. Imprimir e escrever: 1° trimestre foi positivo Com o aumento na produção e nas importações, o consumo aparente de I&E foi de 451 mil toneladas, crescimento de 5,9% sobre as 426 mil toneladas do primeiro trimestre do ano passado. A importação, a produção e a venda doméstica de papéis destinados à impressão e escrita nos três primeiros meses de 2018 superaram os volumes do mesmo período de 2017 Conforme os dados mensais da Secex, em abril foram internaliza- das 57,3 mil toneladas de papéis para todos os fins (capítulo 48), elevando para 250,8 mil toneladas o saldo de 2018. A parcial do ano representa aumento de 11,6% sobre os volumes do mesmo período de 2017. Os grupos de papéis para imprimir e escrever (I&E) e os jornais cor- respondem aos maiores volumes das importações do capítulo. Das 193,5 mil toneladas importadas nos primeiros três meses desse ano, 74 mil toneladas foram de I&E e 34 mil toneladas de papel jornal. Dentre os tipos monitorados pela Associação, o papel couchê é o segundo em volume de importação e o primeiro em relevância para o mercado distribuidor. Nos quatro meses desse ano foram interna- lizadas 34,8 mil toneladas de couchê, queda de 3,8% no compara- tivo com 2017. Embora negativo, o saldo reafirma a tendência de recuperação na importação de couchê, que registrou retração desde 2012. No ano passado, as entradas de couchê somaram 132,6 mil toneladas, redução de 6,8% sobre as 142,2 mil toneladas de 2016. No acumulado do quadrimestre, os desembarques do papel LWC também recuaram. Já nos demais itens, a parcial desse ano supera a de 2017. De acordo com o banco de dados oficial, até abril as importações de LWC somaram 4,4 mil toneladas, queda de 17% sobre o volume equivalente do ano passado. Nos outros cinco subgrupos pesquisa- dos, os volumes importados entre janei- ro e abril desse ano cresceram. No perío- do, as entradas de papel jornal somaram 39,5 mil toneladas em 2018, contra 37,7 mil toneladas em 2017. Apesar do aumento, a importação de jornal des- pencou se comparada a 2016, quando desembarcaram no país 54,9 mil toneladas nos quatro primeiros meses do ano. Já as entradas registradas na Nomenclatura Comum do Mercosul para o papel cartão (NCM 48109290) aumentaram 75%. Segundo a Secex, as entradas de cartão no primeiro quadrimestre do ano somaram 21 mil toneladas, em 2018, e 12 mil toneladas, em 2017. As importações de MWC totalizaram 27 mil toneladas na parcial desse ano e 24,1 mil toneladas de janeiro a abril do ano anterior. Dentre os tipos classificados como ofsete, as entradas saltaram de 6,4 mil toneladas para 8,7 mil toneladas no período de compara- ção. O desembarque de cut size estrangeiro tem saldo no ano de 6,6 mil toneladas, uma tonelada a mais do que no acumulado dos quatro primeiros meses de 2017. Conteúdo publicado pela Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa)

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