Revista Graphprint - Edição 184

GRAPHPRINT Mar/Abr 2018 26 presso. Por isso, as empresas que fabricam os equipa- mentos para acabamento estão sugerindo novas ma- neiras de produção. Nora destaca que o atual momen- to atual do setor de acabamento das gráficas brasileiras é de adequação com a realidade mundial. “As gráficas estão se equipando com soluções automáticas, com a possibilidade de efetuar trocas rápidas de trabalhos, na velocidade necessária para atendimento da demanda, minimizando o custo de mão de obra, tornando-se mais competitivas. A expansão do crescimento da au- tomação do acabamento é cada vez maior, uma vez que terá que acompanhar as mudanças do segmento gráfico, como, por exemplo, em relação ao segmen- to digital. Com a inclusão das máquinas impressoras inkjet, as fabricantes de equipamentos lançaram solu- ções adequadas para este fim”, detecta Nora. Melchior Trüeb, gerente interino da Müller Martini Brasil, observa que o setor de acabamento das gráfi- cas brasileiras ainda está, em sua maioria, defasado do ponto de vista tecnológico. “Máquinas antigas, com pouca ou nenhuma automação, continuam produzindo, com tempos de ajuste longos, muitas vezes com qualidade questionável e com bastante desperdício. Isso é antieconômico, e há gráficas que não dão a devida importância a esse fato.” Na opinião de Trüeb, a possibilidade de expansão existe em duas frentes: “No mercado offset, pela substituição de máquinas obsoletas por mais mo- dernas, e no mercado digital, que exige máquinas de acabamento com tecnologias totalmente novas, di- recionadas para tiragens mínimas até um exemplar, sem desperdícios, totalmente conectadas e gerencia- das via redes (Finishing 4.0)”, aponta. Marcos Marcello, diretor de marketing da Prolam, fala que a performance do setor de acabamento grá- fico está descolado do mercado gráfico e vem num crescimento constante. “As gráficas perceberam que ao agregar valor aos produtos impressos, além de torná-los mais bonitos, também os torna muito mais rentáveis, isso é o que tem mantido o interesse dos empresários. Entendo que ainda há muito espaço pa- ra crescimento no setor”, aposta. NOVIDADES A Müller Martini lançou recentemente modelos di- recionados ao acabamento para produtos impressos digitalmente, em parceria com fabricantes de im- pressoras digitais e outros. “Adaptamos máquinas existentes até então focadas ao acabamento offset para o seu uso em produtos digitais justamente pa- ra atender à demanda crescente de tiragens cada vez menores e personalizadas. Suas características são automação total (inclusive o ajuste), conectividade (PDF in – book out), variabilidade (personalização) e fluxo de trabalho sem intervenção humana (tou- chless workflow), tudo isso sob a nova filosofia Fi- nishing 4.0”, informa Trüeb. Nos últimos anos, as mudanças estruturais repercu- tiram fortemente no setor gráfico global, originando profundas adaptações, e o nosso mercado está clara- mente menor e simultaneamente mais diversificado. “Os clientes exigem inovações constantes, que têm MELCHIOR TRÜEB, GERENTE INTERINO DA MÜLLER MARTINI BRASIL: “Máquinas antigas, com pouca ou nenhuma automação, continuam produzindo, com tempos de ajuste longos, muitas vezes com qualidade questionável e com bastante desperdício. Isso é antieconômico, e há gráficas que não dão a devida importância a esse fato.”

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