Revista Graphprint - Edição 182

Software para Web-To-Print GRAPHPRINT DEZEMBRO 17 16 Então, como as gráficas comerciais responderam a esses desa- fios? Comumente eles procuraram fluxos de receitas extras adi- cionando novos serviços como web-to-print (W2P), gerenciamento de banco de dados de clientes, gerenciamento de ativos digitais, etc. – a maioria dos quais usa a internet para funcionar. Editores de jornais, revistas e livros enfrentaram desafios igual- mente rígidos perante a internet. Em 2012, a publicidade on-line nos EUA ultrapassou o total de publicidade impressa em jornais e revistas combinados. E a publicidade on-line certamente não está migrando para editores de jornais. Para cada 25 dólares de publi- cidade impressa perdida calcula-se que a publicação de jornais ganha apenas 1 dólar de publicidade digital. ASCENSÃO E CRESCIMENTO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO O volume de comércio eletrônico em muitos países tem crescido assustadoramente, porém de forma positiva. Os números de cres- cimento são simplesmente surpreendentes, com o mercado mais maduro, os EUA, ainda crescendo a 8% ao ano, e com a China, que deve ultrapassá-lo em termos de volume em 2015 e triplicar seu volume de comércio on-line até 2020. Há muitas vantagens para o comércio eletrônico que explicam essa explosão na participação, e o ritmo vai acelerar ainda mais com o aumento do número de consumidores que usam seus te- lefones celulares habilitados para internet para participar do “e- -commerce”. As gráficas têm lutado para explorar as oportunidades. Na pes- quisa feita pelos organizadores da Drupa, enquanto 51% do painel tinha serviços W2P, apenas 14% relataram que eles o usaram para fazer mais de 25% de suas encomendas. A internet aumentou as oportunidades de personalização e tam- bém a concorrência para conquistar esse negócio, já que os clien- tes não precisam mais conhecer a gráfica e as gráficas podem competir em um mercado geográfico cada vez maior. Definitivamente, a indústria de impressão está em um período de mudança sem precedentes impulsionado pela mídia digital, pela internet e pela mudança na demanda dos consumidores. COMO OS FORNECEDORES ENCARAM O MERCADO Vlamir Marafiotti, gerente de produto de pré-impressão da Agfa Graphics do Brasil, diz que devido às grandes mudanças que estão ocorrendo no mercado gráfico todo empresário gráfico visa uma reestruturação baseada em inovação para oferecer ao cliente final algo que realmente mostre valor agregado, parceria e fidelização, tirando do foco o preço. A Agfa enxerga um imenso potencial de crescimento e procurou desenvolver um sistema que se ajusta a cada necessidade do cliente, com fácil adaptação e implementação”, conta. Na Europa e EUA já é sabido que o avanço do web-to-print tem sido muito significativo e rápido. “Na Alemanha, a venda de pro- dutos impressos via internet cresceu na casa de 3 dígitos nos úl- timos anos. Já representa uma porcentagem relevante em relação ao total de impressos comercializados e produzidos no país”, re- lembra Marafiotti. Na visão do executivo da Agfa é preciso entender sobre qual seg- mento está sendo falado para oferece a ferramenta mais adequa- da: “Não restringiria o modelo de vendas baseado na web por tipo de equipamento e tecnologia e, sim, um novo conceito na forma de comercializar produtos impressos utilizando a web como alterna- tiva de canal de vendae como forma de uma ferramenta que gere Kesler Santos, gerente de serviços e software Prinect da Heidelberg: “O segmento de web-to-print é uma realidade e muitas empresas já estão trabalhando nessa modalidade. No Brasil, a grande maioria trabalha na modalidade B2B, mas há uma tendência de crescimento na modalidade B2C. O fato é que, seja qual for a modalidade, a empresa que decidir atuar nesse segmento precisa ter uma produção automatizada.”

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