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GRAPHPRINT JAN/FEV 14
Balanço
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novembro de 2012. Seus principais forne-
cedores internacionais são China (34%),
Alemanha (13%) e Espanha (10%).
Empregadora extensiva, que
forma e paga bem
Em 2012, a indústria gráfica empregou
224.644 pessoas. Como referência, a in-
dústria automobilística contabilizou 132
mil postos no período. De lá para cá, a
variação foi relativamente pequena, mas
negativa. Segundo informações do Depar-
tamento de Estudos Econômicos da Asso-
ciação Brasileira da Indústria Gráfica (Abi-
graf), com base em dados do Ministério do
Trabalho e Emprego, de janeiro a outubro
deste ano foram fechados 2.797 postos
de trabalho, uma retração de -0,3% frente
ao mesmo período de 2012. Considerando
apenas a indústria gráfica paulista, que
absorve 44% dessa mão de obra, a perda
foi de 1.421 vagas (-0,7% ante o mesmo
período de 2012). O descolamento deve-
-se ao fato de que o segmento mais atin-
gido foi o editorial, cuja atividade concen-
tra-se em São Paulo.
Em relação à formação, cerca de 80% dos
trabalhadores do setor possuem de ensi-
no fundamental completo a ensino médio
completo. Quanto à remuneração, 89%
recebem salários entre R$ 1 mil e R$ 7
mil; em São Paulo, predomina a faixa de
R$ 2 mil a R$ 4 mil (39%), enquanto no
restante do País, a faixa é de R$ 1 mil a
R$ 2 mil (47%).
Apesar disso, a indústria gráfica enfrenta
dificuldades na hora de contratar, estando
o principal gargalo na área operacional.
As pequenas e microempresas (96% do
setor) são as que mais sofrem, tanto pela
dificuldade de proporcionar treinamento
quanto pela menor capacidade financeira
de atrair talentos. De acordo com apu-
ração da Sondagem da Indústria Gráfica
Outubro/Novembro – índice apurado pela
Abigraf-SP e Sindigraf-SP, com apoio da
Fiesp –, o índice médio de satisfação do
setor com a mão de obra é 57, equivalente
a regular. Entre as grandes empresas, ele
chega a 63,2, e o ponto mais baixo está
entre as pequenas (55,6).
No ano, a prática de ministrar treinamen-
tos esteve presente em 100% das grandes
empresas (acima de 250 funcionários),
em 70,6% das médias (de 20 a 249 fun-
cionários), em 45,2% das pequenas (de 10
a 19 funcionários) e em 26,9% das micro
(até 9 funcionários). Em termos de forma-
to, predominaram os cursos e palestras
de curta duração e os cursos in company.