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GRAPHPRINT NOV 13
Sustentabilidade
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informações técnicas que são utilizadas para fins de benchma-
rking, levando em conta aspectos diferentes como emissões, lo-
calização da planta, entre outros.
“Nosso banco de dados técnicos permitiu desenvolver uma cur-
va de referência de todas as fábricas com as quais trabalhamos.
Além disso, temos uma curva mostrando as melhores tecnologias
disponíveis no mundo”, acrescentou
Oksanen, ao esclarecer que a metodologia do índice prevê a clas-
sificação dos dados em diversos indicadores, em notas de 1 a 10,
que são multiplicadas e classificadas por categoria.
Aplicação
A aplicação desse índice de sustentabilidade nas empresas já
contabiliza resultados positivos no mercado internacional. Em
uma empresa do setor de celulose e papel instalada na Europa,
a Pöyry alcançou uma economia de água de 10% no prazo de um
ano, utilizando os critérios de eficiência no uso desse recurso, e
esse ganho se multiplicou, pois, ao economizar água, foi possível
poupar a energia necessária para o aquecimento desta e reduzir o
consumo de produtos químicos, bem como de polpa.
Os benefícios também são expressivos do lado social. “É impor-
tante cuidar das pessoas além daquelas que estão trabalhando na
fábrica, incluindo os fornecedores. E o índice social identifica os
aspectos sociais diferentes, incluindo recursos humanos, treina-
mento e desenvolvimento, direitos humanos, gestão da cadeia de
suprimentos, envolvimento da comunidade, gestão de stakehol-
ders e a responsabilidade social”, ressaltou o executivo da Pöyry,
ao explicar que todos esses indicadores incluem subindicadores.
De acordo com os indicadores, a Pöyry cria um plano de ação, com
um check-list a ser avaliado. Por exemplo, em um caso específi-
co foi necessário avaliar a cadeia de suprimentos para auditar os
fornecedores regularmente, a fim de evitar problemas nas práti-
cas de sustentabilidade. “Propusemos que a fábrica fizesse essa
auditoria antes, de acordo com um check-list não só na fábrica,
mas incluindo os fornecedores, para verificar como estavam tra-
balhando e quais os padrões empregados”, acrescentou Oksanen.
Essas ferramentas podem ser utilizadas para suportar a es-
tratégia de sustentabilidade, com grande eficiência. A Pöyry já
desenvolveu projetos dos índices em países da Europa, Améri-
ca Latina e Ásia.
“Qualquer sistema que utilizar deve ter um benchmarking global,
porque hoje é necessário competir com a Ásia, não basta olhar
apenas o que o Brasil está fazendo. E ainda há os investidores
globais, que vão observar isso a partir das melhores práticas glo-
bais”, complementou Oksanen.
No Brasil, a nova ferramenta de medição da sustentabilidade já
está disponível para implantação em empresas dos diversos seto-
res de atividades, destacadamente aquelas que contam com uma
extensa cadeia produtiva, na qual o controle dos processos de
sustentabilidade é mais complexo.
Martin Kuzaj, vice-presidente executivo de negócios globais da Pöyry:
“Há muitas formas de definir a sustentabilidade, pois
ela é uma combinação de vários elementos. E para
cada país a fórmula pode ser diferente. Em alguns o
impacto é mais social, em outros, ambiental.”
Nicholas Oksanen, presidente da área de negócios de celulose e papel
da Pöyry na Europa:
“A pegada de carbono é um indicador, mas há
diversos outros aspectos que o índice contempla,
como a destinação dos resíduos sólidos, a eficiência
no uso da energia e da água.”