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Embalagens
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porém nos três meses seguintes, o cres-
cimento não foi além de 0,6%. Quadros
explicou que esta desaceleração não sig-
nifica que o setor deixará de crescer e sim
que deve crescer em ritmo mais lento do
que o apresentado no primeiro semestre,
como mostra a trajetória dos bens de con-
sumo semi e não duráveis, principais usu-
ários de produtos de embalagem. Essa
categoria passou de uma queda de 3,6%,
no primeiro trimestre, para uma elevação
de 2,5%, no segundo.
Esse fator contribui para que a expec-
tativa para o segundo semestre seja de
moderação no ritmo de crescimento da
indústria de embalagem. O valor bruto da
produção física de embalagem atingiu R$
47,2 bilhões em 2012. A participação por
setor neste faturamento é de 39,05% dos
materiais plásticos, seguido pelo setor de
celulósicos com 36,51%, somados os se-
tores de papelão ondulado com 20,21%,
cartolina e papel cartão com 10,31%, pa-
pel com 5,99%, e metálicos com 16,70%.
É perceptível o movimento de transforma-
ção que toma conta da vida da indústria
gráfica. Tudo está em profunda transfor-
mação, dos números à demanda. Na opi-
nião de Rui Raposo, gerente de produto HP
Indigo & HP Inkjet da Alphaprint, segura-
mente a forma como a informação é par-
tilhada hoje, por meio de inúmeros canais
novos até então desconhecidos, será uma
das principais causas que está condicio-
nando e alterando a forma de consumo.
“Sim, é verdade que para os segmentos
promocional e editorial ele é bem mais
visível no presente momento, mas tam-
bém é verdade que muitos desses nossos
clientes já estão se transformando. Cabe
aos empresários, em conjunto com os
seus fornecedores, aproveitarem essas
mudanças para repensar o negócio e cap-
tar novos produtos e aplicações. Acredito
que de uma forma muito particular, até
diferente dos outros segmentos, esse fato
também irá atingir o segmento de emba-
lagens. Como mencionado muitas vezes
pela minha avó e que hoje me parece
cada vez mais atual, candeeiro que vai à
frente ilumina duas vezes”, conta Raposo.
3D
O advento mais recente que diz respeito à
impressão de embalagens foi a chegada
da Cube, que é considerada a primeira im-
pressora 3D voltada para o grande público
vendida em uma loja de varejo no Brasil.
Relativamente compacta, a Cube é feita
em plástico, sendo operada por meio de
uma pequena tela LCD sensível a toque.
Algo que parecia bem distante se torna
presente e real. Agora é válido discutir se
para a impressão profissional de emba-
lagens este advento é benéfico. Raposo
acredita que sim: “Em uma primeira fase
será muito benéfico até porque a entrada
de outras tecnologias seguramente cria
novos produtos. E na sequência vai gerar
a criação de novos tipos de embalagens.
Veremos, em um futuro próximo, se esses
produtos atingirão uma produção massi-
Argemiro Quio Júnior, gerente de soluções
planas da Heidelberg do Brasil:
“O gráfico pode montar a
configuração ideal para o seu
nicho de mercado, contando com
máquinas de alto desempenho,
com possibilidade de verniz
em linha, impressão com tintas
e vernizes UV, aplicação de
película de lâmina fria (cold foil)
e muitas outras aplicações de
enobrecimento da embalagem.”
Lincoln Lopes, gerente de vendas da KBA:
“Vimos uma tendência de
ampliação de formato que, em
cada categoria de máquina,
milímetros adicionais de
impressão de papel fazem a
diferença em colocar ou não
uma sequência de embalagem
na disposição dos cartuchos
na folha, além de inúmeras
possibilidades de configurações
e desempenho.”