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GESTÃO
GRAPHPRINT SET 13
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Aurelio Formoso, consultor da Dextron:
“O grande desafio da maioria dos dirigentes de empresas
de controle familiar é fazer a distinção entre as decisões
estratégicas voltadas a garantir a perenidade da
companhia e as decisões operacionais do dia a dia.”
A Dextron desenvolveu a Family & Business
Ownership Network
A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostrou que somente 30% das empresas familiares brasileiras sobrevivem à
segunda geração, e apenas cinco em cada cem chegam à terceira.
Isso reflete o aumento da complexidade da gestão dessas organizações,
conforme o número de herdeiros à frente da administração aumenta. Para
auxiliar as empresas familiares na governança corporativa, a Dextron Ma-
nagement Consulting, consultoria especializada em projetos de estratégia
e organização, desenvolveu uma metodologia exclusiva para corporações
familiares, a Family & Business Ownership Network (FBON).
De acordo com a Dextron, o método vem ajudando várias companhias a esta-
belecerem um plano para atingirem a longevidade, prosperidade e vitalidade.
“Em geral, a empresa familiar começa como uma empresa de um só dono.
Na segunda geração, passa para uma sociedade de irmãos e, na terceira,
para um consórcio de primos. Essas organizações podem ser ainda multi-
familiares, o que, por um lado, torna a gestão mais complexa e, por outro,
o poder fica mais pulverizado”, explica Aurelio Formoso, consultor da Dex-
tron, ao destacar que a governança é fundamental para definir os papéis e
responsabilidades de cada membro da família e assim assegurar a condu-
ção dos negócios dentro de padrões profissionais e eficientes.
A metodologia FBON vem se mostrando mais eficaz na implantação da go-
vernança nas empresas de controle familiar, pois tem como premissa funda-
mental dedicar estruturas para lidar com os temas do negócio e das famílias.
Com relação a este, estabelece a adoção de práticas-chave, tais como:
1) estabelecimento do Protocolo da Família, que tem a finalidade de regular
a forma como a família vai interagir com a empresa;
2) criação de órgãos como os Family Offices, responsáveis por gerir os re-
cursos financeiros da companhia;
3) a implementação do Conselho de Sócios, cuja missão, por exemplo, é
estabelecer regras para a divisão de dividendos.
Desafios
“O grande desafio da maioria dos dirigentes de empresas de controle fa-
miliar é fazer a distinção entre as decisões estratégicas voltadas a garantir
a perenidade da companhia e as decisões operacionais do dia a dia. Ao
adotar o modelo de governança, o primeiro esforço está em separar os dois
tipos de decisões, depois delegar as decisões operacionais aos gestores
Metodologia auxilia empresas
familiares a implantarem governança
do negócio, e os acionistas e os membros do conselho
se focarem nas decisões estratégicas, cujos impactos e
consequencias serão de médio e longo prazo”, acres-
centa Formoso.
A governança corporativa, pelo lado do negócio, neces-
sita de três pilares importantes:
1) a estratégia, que consiste na definição das principais
linhas de negócio da empresa;
2) o controle interno, que contempla a política de com-
pliance e a qualidade e confiabilidade das informações
gerenciais;
3) a sucessão e a liderança, o que requer líderes capa-
zes de perpetuar a companhia.
“Ter governança é também fundamental para quem
busca investidores, pois demonstra o compromisso da
empresa com a transparência, uma vez que expõe sua
gestão dos recursos e como o capital dos acionistas é
dirigido (compliance), acompanhado (controle interno) e
planejado (planejamento)”, conclui Formoso.
Mais informações no site www.dextronconsulting.com.