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GRAPHPRINT AGO 13
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MANIFESTO
Subscrito pela Abigraf Nacional e por representantes de 20 associações e
sindicatos regionais, o documento foi lançado em uma coletiva de imprensa
no dia 12 de julho, logo após a reunião da diretoria executiva da Abigraf
Nacional, que o referendou.
Seu objetivo é alertar para a grave situação atravessada pelo segmento, que
viu seu desempenho despencar 7,6% em 2012 e teve recuo de 7,2% no pri-
meiro trimestre deste ano.
Segundo o presidente da Abigraf Nacional, Fabio Arruda Mortara, as difi-
culdades são agravadas pela indiferença do governo federal frente a pro-
blemas como defasagem cambial e concorrência desleal da importação de
serviços gráficos, que transfere empregos e receita de impostos para países
Reivindicações antigas
e coerentes aguardam
respostas
Em ummês marcado por reivindicações de todos
os setores da sociedade, a Abigraf se fez ouvir por
meio do Manifesto da Indústria Gráfica à Nação
Conheça a íntegra do Manifesto:
Somos 50 mil empresários, que representam 20 mil empresas e empregam 222 mil trabalhadores diretos. Vimos manifestar nossa profun-
da preocupação, como todos os brasileiros, com a solução dos problemas nacionais e a retomada do crescimento econômico.
Estamos trabalhando com imensa dedicação e muito esforço, dando nossa contribuição ao desenvolvimento de nosso país. Por isso,
também queremos ser ouvidos, pois há questões graves, que culminam com a perda de competitividade de nossa indústria, ameaçando
a sobrevivência de nossas empresas.
Por isso, nos dirigimos ao governo federal para reivindicar em uníssono:
Desoneração, já, da folha de pagamentos dos segmentos da indústria gráfica que ainda não foram contemplados com esta medida, em
especial o editorial.
Isenção do IPI para os materiais escolares.
Alíquota zero do PIS/Cofins para as gráficas brasileiras que imprimem livros.
Restabelecimento imediato dos níveis anteriores do Imposto de Importação dos seis tipos de papel de imprimir que tiveram suas alíquotas
de importação elevadas pela Camex.
Adoção imediata da Margem de Preferência em todas as compras de materiais gráficos pelo setor público, incluindo as obras adquiridas
pelo governo no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Criação de mecanismos que proporcionem competitividade às indústrias gráficas de embalagens e livros, as quais vêm sendo atacadas
de maneira predatória por concorrentes estrangeiros, especialmente da China.
Fiscalização eficaz do uso indevido do papel imune.
Fim da bitributação do ICMS e ISS.
A indústria gráfica brasileira exige uma resposta do Poder Público, pois é um setor intensivo em mão de obra e imprime/fabrica itens
essenciais para a sociedade, como livros, jornais, revistas, cadernos, embalagens de alimentos e remédios!
O setor, que está há 205 anos no Brasil, não pode resignar-se ao real risco de extinção, que seria uma perda irreparável para o Brasil e para
o sustento digno das famílias de 222 mil trabalhadores.
como a China, onde se imprime grande parte dos li-
vros didáticos brasileiros.
O presidente da Abigraf Regional São Paulo, Levi Cere-
gato, lembrou que o mercado está diminuindo devido à
concorrência de novas mídias, como e-book e tablets,
mas que as empresas do setor mantêm o otimismo.
Tanto que, apesar de maciçamente composto por mi-
croempresas, o parque gráfico do País está atualizado
tecnologicamente.
O documento lembra que o setor é formado por cer-
ca de 20 mil empresas e emprega 222 mil trabalha-
dores. O documento fora enviado para autoridades
do governo federal e representantes dos Poderes
Legislativo e Judiciário.