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GRAPHPRINT JUL 13
Papéis reciclados
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É importante ressaltar que grande quantidade de aparas de papel
reciclável é utilizada na fabricação de outros produtos, como te-
lhas, sem ser computada nas estatísticas de recuperação. Além
disso, também não se excluem os papéis que não são passíveis de
reciclagem, como os higiênicos, que contém impurezas. Se esses
quesitos passassem a ser avaliados, a taxa de recuperação subiria
expressivamente.
A reciclagem é tradicional no setor papeleiro. A cadeia produtiva
que envolve a atividade gera empregos e renda, movimentando a
economia.
Sob o ponto de vista econômico, a atividade reduz os custos de
produção, distribui riquezas e promove a recuperação de maté-
rias-primas que serão novamente inseridas no ciclo de consumo.
Como todo papel produzido no Brasil tem origem na celulose de
Fábio Sabbag
florestas plantadas de pinus e eucalipto, o processo de recicla-
gem tem origem em uma fonte de recursos renováveis. Ainda em
relação ao meio ambiente, a reciclagem – aliada a outros fatores,
como o uso de resíduos para aproveitamento energético e plantio
de florestas que absorvem carbono da atmosfera – contribui para
um balanço ambiental positivo como resultado da produção de
celulose e papel.
A reciclagem poderia ser ainda maior com políticas públicas de
incentivo do governo, iniciativas empresariais, maior organização
dos trabalhadores que recolhem os materiais e novas atitudes do
consumidor.
É importante ressaltar que o papel não pode ser reciclado infinitas
vezes, pois as fibras perdem a resistência e as características que
definem o tipo do papel. (Fonte: www.bracelpa.org.br)
Bignardi Papéis
Fundamentada numa produção anual de 24 mil toneladas e tendo como meta futura
a duplicação deste volume, a Bignardi Papéis, em 2008, fez um grande investimento em
uma máquina de papel para atender a demanda crescente
Sonia Rodrigues, gerente de marketing da Bignardi
Papéis: “A Norma ABNT 15755:2009 determina que
para um papel ser considerado reciclado necessita
ter em sua composição pelo menos 50% de fibras
recuperadas, sendo, obrigatoriamente, 25% de fibras
pós-consumo.”
Sonia Rodrigues, gerente de marketing da Bignardi Papéis, diz que a utilização de
selos certificadores e normas que regem a fabricação do papel reciclado são as
novidades para este segmento. “Sempre houve, por parte dos usuários, dúvidas
com relação ao percentual de papéis usados utilizados na composição do papel
reciclado. A Norma ABNT 15755:2009 determina que para um papel ser conside-
rado reciclado necessita ter em sua composição pelo menos 50% de fibras recu-
peradas, sendo, obrigatoriamente, 25% de fibras pós-consumo. A Bignardi Papéis
foi a primeira empresa brasileira a receber a certificação e atende a todos os
requisitos normativos. Além de possuirmos o selo ABNT 15755:2009, o papel re-
ciclado Ecomillenium é certificado pelos selos FSC ou Cerflor, conforme demanda
do usuário final”, conta Sonia.
Para a impressão digital, a Bignardi Papéis aposta no desempenho do Ecomille-
nium. Mesmo assim, a empresa está criando um produto customizado que, de
acordo com Sonia, tem como objetivo o aumento de produtividade “uma vez que
estará disponível no tamanho ideal para entrada na máquina, evitando retrabalho
de corte para as gráficas”, completa.
Sonia diz que o maior consumidor de papel reciclado é o segmento corporativo,
por meio do cut-size: “Em segundo lugar, temos o segmento escolar, que, por in-
centivo dos órgãos governamentais, disponibiliza livros e cadernos aos alunos da
rede pública.”