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IMPRIMIR E ESCREVER
GRAPHPRINT MAR 13
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Sergio Canela, gerente geral de negócios da International Paper,
entre vários temas, evidencia que a International Paper acredita
que o acesso a diversos meios eletrônicos não substitui o consu-
mo do papel. “Em muitos aspectos até impulsiona a sua utilização,
uma vez que as pessoas têm mais acesso às informações e prefe-
rem, muitas vezes, imprimi-las”, diz.
Conforme Canela, a International Paper foi a primeira empresa no
Brasil a lançar papel offset para impressão digital inkjet. “O Cham-
bril Digital possui como diferencial a tecnologia ImageLok, que
proporciona, quando combinado às tintas pigmentadas, maior vi-
vacidade das cores e aumenta a intensidade dos pretos”, explica.
GRAPHPRINT: A entrada da Amazon, por exemplo, no mercado
nacional no início de 2013, pode mudar a regra do jogo com as
gráficas, pois a maior varejista online do mundo já articula a
obtenção do catálogo digital de grandes editoras brasileiras. É
um grande problema para ser enfrentado em 2013?
Canela:
A International Paper acredita que os livros impressos e
digitais são complementares. Consideramos que o crescimento
das vendas digitais não impede o crescimento das vendas im-
pressas. Um dos motivos é o grande contingente populacional que
passa a ter acesso à leitura devido ao maior acesso à renda e
educação. Essa parcela da população tem seu ingresso ao mundo
da leitura por meio do livro impresso.
A Pesquisa Produção e Vendas do Mercado Editorial 2011, rea-
lizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/
USP), sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros
(SNEL) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), apontou entre outros
INTERNATIONAL PAPER
Acesso à tecnologia não
substitui uso do papel
Fabricante acredita na força do papel e diz que é
fato que tanto as mídias impressas quanto as digitais
precisam se tornar cada vez mais sustentáveis para
poderem sobreviver
dados um crescimento de 7,2% no total de exemplares vendidos
pelas editoras brasileiras entre 2010 e 2011.
GRAPHPRINT: De acordo com dados da Fipe, da Universidade de
São Paulo, a comercialização de e-books em 2011 não trouxe
resultados tão animadores, totalizando R$ 870 mil em vendas.
Mesmo assim, sente que é uma ameaça ao crescimento do se-
tor de imprimir e escrever? Qual é a posição da fabricante em
relação ao tema?
Canela:
Acreditamos que o acesso a meios eletrônicos não subs-
titui o uso do papel e, em muitos aspectos, até impulsiona a sua
utilização, uma vez que as pessoas têm mais acesso às informa-
ções e preferem, muitas vezes, imprimi-las.
O fato é que tanto as mídias impressas quanto às digitais preci-
sam se tornar cada vez mais sustentáveis para poderem sobrevi-
ver, e nossas escolhas devem ser feitas com base em uma análise
comparativa, fundamentada em dados do ciclo de vida, descarte,
consumo de matérias não renováveis e de energia e do impacto
ambiental total.
Consideramos, portanto, que a questão não é se devemos utilizar
meios eletrônicos ou o papel, mas que combinação desses dois
meios terá o menor impacto total sobre o meio ambiente.
Sergio Canela, gerente geral de negócios da
International Paper