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ARTIGO
GRAPHPRINT DEZ 12
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Pessoas vivendo bem, dentro dos recursos limitados do pla-
neta. Essa definição de sustentabilidade do Conselho Empre-
sarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável serve de
inspiração para muitas empresas criarem e conduzirem novas
estratégias de negócios. E vemos cada vez mais companhias
incluírem a preocupação com a sustentabilidade em seus dis-
cursos corporativos. Mas será que, na prática, é isso que acon-
tece de verdade?
O recente estudo “Os Desafios da Sustentabilidade na Indústria
Brasileira” realizado pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), aponta que as empresas brasileiras ainda não valorizam
tão fortemente o tema. De acordo com a pesquisa, muitos
CEOs ainda percebem a sustentabilidade como algo oneroso e
com retorno demorado.
É possível fazer mais com menos
“Um dos grandes desafios das empresas é provar o retorno
financeiro do investimento em práticas sustentáveis para o negócio.
Há quem acredite que o esforço não compense, mas a verdade é
que nenhuma companhia sobrevive se não preparar seus “business
cases”, considerando as dimensões econômicas, ambientais e
sociais com o mesmo teor de importância em seus planos.”
Investir em sustentabilidade vale a pena.
Além dos benefícios para o meio ambiente,
sociedade e imagem corporativa, o retorno
financeiro é certo. A inovação dos produtos
leva a uma relação de confiança com os
públicos e o retorno em vendas é só uma
questão de tempo. Fazer mais com menos
é o que todas as empresas deveriam bus-
car, pois esse é o caminho mais acertado
para que a sustentabilidade seja parte in-
tegrante dos negócios.
A Henkel, líder e pioneira nesse assunto,
sabe muito bem disso, já que a empresa
conduz seus negócios levando em conside-
ração as melhores práticas e já estabeleceu
metas de redução de sua pegada ecológica
para os próximos 18 anos.
* Gerente de sustentabilidade da Henkel
Por Sérgio Crude*
Um dos grandes desafios das empresas é provar o retor-
no financeiro do investimento em práticas sustentáveis para
o negócio. Há quem acredite que o esforço não compense,
mas a verdade é que nenhuma companhia sobrevive se não
preparar seus “business cases”, considerando as dimensões
econômicas, ambientais e sociais com o mesmo teor de im-
portância em seus planos. A discussão do tema impulsiona as
organizações a encontrarem novas formas de desenvolverem
seus produtos e, consequentemente, levam à inovação e ao
desenvolvimento da indústria.
Algumas empresas buscam transformar os desafios de sus-
tentabilidade em novas oportunidades de negócio. A sociedade
pressiona o empresariado, que procura por fornecedores de in-
sumos e serviços econômica, ambiental e socialmente capacita-
dos para atender as metas com as soluções mais eficazes e que
supram as demandas do negócio. É o chamado círculo virtuoso.