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Especial - Embalagens
GRAPHPRINT NOV 12
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Apesar de um cenário sem muitas perspectivas em relação às
vendas para este segundo semestre, a Magistral está otimista e
aposta num crescimento de 25% em relação ao primeiro. A em-
presa, especializada no ramo de embalagens, apresentou resulta-
dos positivos no índice de produção nos últimos meses. Em julho,
por exemplo, registrou um volume de 60 milhões de cartuchos
rodados, um número que representa produção superior a todos os
outros meses juntos. Segundo Marcus Conte, presidente da Ma-
gistral, este crescimento em julho foi de 15% em relação ao mês
anterior e para agosto, ao que tudo indica, o esperado é superar
esse índice. “Estamos num ritmo de produção muito bom devido
à demanda, que vem crescendo significativamente”, fala. Para o
segundo semestre, a estimativa da empresa é atingir a produção
de 85 milhões de embalagens/mês.
Raul Capozzi, diretor comercial da Jofer Embalagens, fala que, do
ponto de ponto de vista econômico, o ano foi insatisfatório, pois a
invasão dos importados, o reflexo do reajuste de matérias-primas
– sobretudo dos derivados de celulose – e o mercado retraído –
por fatores internos e externos – foram alguns dos catalisadores
para este cenário de 2012.
Já Rogério Junqueira, diretor executivo na Printbill Embalagens,
avalia o desempenho como moderado. “Mesmo que tenhamos
Utilização da capacidade
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou
em agosto 0,3 ponto percentual em relação a julho, ao passar de
83,7% para 84,0%, valor que supera a média dos últimos cinco
anos (83,7%).
Emprego formal
O setor de embalagem observou queda de emprego na indústria
de embalagem em quatro dos seis primeiros meses do ano, o que
não ocorria desde a crise de 2009. Entre junho de 2012 e junho
de 2011, houve perda de 798 postos de trabalho, enquanto entre
junho de 2010 e junho de 2011, houve aumento de 8.262.
Perspectivas
Para o ano de 2012, a previsão é de queda de 1% da produção físi-
ca de embalagem, contrariando a previsão inicial de crescimento
de 1,6%. Os fabricantes nacionais de embalagem devem obter
receita líquida equivalente a R$ 47 bilhões, em 2012.
A visão das gráficas
Mesmo num bom momento, empresas sabem que há espinhos no meio do caminho
obtido um importante crescimento, ficaremos abaixo do que haví-
amos projetado. Notamos que o ano está sendo desafiador, prin-
cipalmente no que tange ao planejamento e à visibilidade da de-
manda, que em função do cenário econômico pessimista, refletiu
na dinâmica das empresas. O sintoma é estoques baixos. Obser-
vamos que a demanda por embalagens tem sido feita num prazo
bastante curto, e as solicitações de antecipações de pedidos têm
sido constantes”, relata.
Celio Coelho de Magalhães, gerente de marketing da Brasilgrafica,
usa o termo razoável, “pois tivemos queda de volume no primeiro
semestre aliada a um arrocho muito grande de preços, com alguns
insumos aumentando de preço sem a possibilidade de repasse
aos nossos clientes”.
A diferenciação
Capozzi destaca o caminho da diferenciação na Jofer, que passa
por alguns processos estratégicos nas áreas de criação e desen-
volvimento de embalagens. “Projetos dedicados com atributos
vinculados às demandas específicas de seu público alvo. Este
tema é primário, mas muito difícil de ser aplicado e mantido, sen-
do possível apenas num estágio muito maduro das áreas técnicas
e comerciais”, conta.