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GRAPHPRINT OUT 12
EDITORIAL
Oi, prazer, qual máquina você tem?
Invariavelmente, quando dois ou mais gráficos, concorrentes ou não, se encon-
tram, a pergunta, que rompe a barreira do desconhecido, é sobre quantidade e
modelo dos equipamentos de seu parque gráfico.
Será que a pergunta ainda é válida? Provavelmente o cliente do gráfico – que
convenhamos, é o cliente da indústria gráfica – quer mesmo saber é qual o tipo
de impressora que a gráfica tem. Ou será que esse desejo de saber o que o se-
melhante possui, para quem sabe tentar acompanhá-lo, é exclusivo dos gráficos?
Afinal, qual é o empresário do setor que não investiu no ego e deixou de lado a
necessidade da própria empresa. Máquinas ociosas, por puro apelo mercadológi-
co, respondem à indagação.
Mas voltemos à pergunta que deu título ao editorial deste mês. Não, senhores. O
cliente do gráfico já não tem tanto interesse em saber qual é o modelo do equi-
pamento que sua empresa detém. Apesar que, cá entre nós, são eles (os equipa-
mentos) que ditam o ritmo da gráfica e alcançam o famigerado valor agregado. O
cliente quer saber qual é o portfólio de novidades que sua empresa pode apresen-
tar. Qual é o novo design de produto elaborado.
Nem mesmo o tipo de impressão – offset ou digital – é informação interessante,
pois a equiparação de qualidade, salvo raras exceções, é um caminho já traçado.
O canibalismo selvagem, inerente ao momento contemporâneo do setor, exige que
o próprio empresariado mude a pergunta entre si.
É evidente que os equipamentos continuam sendo importantes, e suas tecno-
logias, ainda mais. Acontece que cada vez mais tornar-se-ão vendedores si-
lenciosos, com grande apelo ecológico, rapidez, automação e robustez. Mas os
clientes querem saber do produto impresso, da tinta no papel ou da tinta no PVC,
no vidro, na lona etc...
Talvez, a pergunta do momento seja como a gráfica do sujeito a sua frente conse-
gue imprimir (sob demanda) aquele substrato que, por meio de um departamento
de tecnologia da informação, conseguiu fidelizar a demanda. Como a gráfica xis
passou a ser uma espécie de desenvolvedora de soluções é outra pergunta que
toma o lugar daquela referente ao equipamento. A solução continua vindo do equi-
pamento, mas os argumentos de venda são outros. Aliás, os outros são os tempos.
Há oportunidades. Existe uma empresa americana que cobra caro para produzir
cartões de visita diferenciados, entre outros impressos, e, pasmem, seu investi-
mento em publicidade beirou alguns milhões de dólares em 2011. Você acha que
o cliente que procura a impressão digital realmente quer saber em qual equipa-
mento foi impresso? Claro que não, ele quer saber quando vai chegar (ainda não
chegou?), e se for personalizado, melhor ainda.
Nesta edição, além das matérias de distribuição de equipamentos digitais para
grandes formatos, certificações ambientais e tendências do mercado de papel car-
tão, GRAPHPRINT retrata a chegada do dragão chinês da impressão em solo bra-
sileiro. A concorrência entre gráficas chinesas e bra-
sileiras acaba sendo desleal, uma vez que o próprio
governo local contribui com impostos e mais impos-
tos, fazendo com que as gráficas nacionais percam
energia na hora de comporem seus preços. A maioria
dos entrevistados diz que a situação é alarmante e
tem de ser revista já.
E a informação não cessa aqui: com o objetivo de
levar o conhecimento às várias regiões do Brasil, a
Agnelo Editora desembarca em Fortaleza (CE) para a
realização do II Fórum GRAPHPRINT de Tecnologia e
Gestão da Indústria Gráfica. O evento será realizado
no dia 6 de novembro no Blue Tree Premium. Contar
com a presença de seus profissionais será de funda-
mental importância. Para tanto, acesse o link http://
www.graphprint.com.br/forum/inscricao/industria
para preenchimento das inscrições para o fórum, que
são gratuitas aos gráficos.
Devido às circunstancias até aqui apresentadas, que
serão argumentadas nas páginas seguintes, deixo uma
pergunta aos leitores: Oi, prazer, você tem a solução?
Saudações Graphprintenses
Fábio Sabbag