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ENTREVISTA
GRAPHPRINT OUT 12
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Esta luta já está gerando resultados positivos aos associados
da Abimaq. Um exemplo é o plano “Brasil Maior”, aprovado
recentemente pelo Governo Federal, que foca o fortalecimen-
to da indústria nacional, incentivando a inovação, reduzindo a
carga tributária pela desoneração parcial da folha de pagamen-
to, além de permitir utilização imediata dos créditos tributários
decorrentes de investimentos em máquinas e equipamentos,
para com isso frear o processo de “desindustrialização” pelo
qual o Brasil vinha passando nos últimos anos.
GRAPHPRINT: O que é preciso mudar para alcançar uma
indústria nacional forte e competitiva?
Lie:
Políticas de inovação, menos burocracia, acesso facilita-
do para empresas que querem investir no mercado brasileiro,
flexibilização das questões trabalhistas, simplificação da es-
trutura de impostos e redução da carga tributária, além da
própria infraestrutura do País, que precisa ser radicalmente
melhorada.
GRAPHPRINT: Qual é a opinião da Câmara em relação ao
atual momento do cenário gráfico brasileiro? O senhor
acredita que é o momento de investir em equipamentos
digitais?
Lie:
Alguns segmentos dentro do mercado gráfico sofreram
nos últimos três anos, em virtude da crise econômica mundial,
quando houve uma enxurrada de equipamentos importados a
preços muito baixos, com os fabricantes estrangeiros pratica-
mente “desovando” sua produção nos mercados emergentes,
principalmente no Brasil.
Observamos no final de 2011 e início de 2012 um período de
acomodação, com este choque já absorvido, e neste momento
muitas oportunidades estão surgindo neste mercado.
Sem dúvida, é o momento de investir nas tecnologias digitais.
Vemos agora a indústria gráfica em plena transformação com
o desenvolvimento de novas tecnologias que permitem não só
fazer melhor e com menor custo o que já existe como produzir
novos tipos produtos.
No momento a tendência é a utilização dos equipamentos di-
gitais para complementar as demais tecnologias de impres-
são. Mas acreditamos que em dez anos a tecnologia digital
produzirá uma parcela significativa dos materiais atualmente
impressos com os processos gráficos tradicionais.
É importante que os empresários entendam esse cenário e se
adaptem a ele, principalmente aprendendo, desde já, como
comercializar os impressos digitais.
GRAPHPRINT: Pessoalmente, qual é o principal desafio a
ser atingido?
Lie:
Assegurar e demonstrar a representatividade dos equi-
pamentos de impressão digital na indústria gráfica nacional,
conseguir melhores condições para investimentos em tecno-
logia e inovação, e endossar o coro para redução da carga
tributária, para tornar a indústria nacional mais competitiva.
GRAPHPRINT: Qual é o tamanho da representatividade da
indústria gráfica dentro da Abimaq?
Lie:
A entidade possui hoje 1.467 associados, sendo 38 em-
presas associadas à CSMEG, que representam 0,39% (R$
314.021.025,75) do faturamento total apurado por todas as
empresas participantes.
GRAPHPRINT: Na prática, quais são os benefícios preten-
didos?
Lie:
Fortalecimento da indústria nacional por meio do acesso
às linhas de financiamento para pesquisa e inovação, obten-
ção de menores taxas de juros para a compra de equipamen-
tos fabricados no Brasil, e promoção das empresas associa-
das no mercado nacional e no exterior.
“No momento a tendência é a utilização dos equipamentos
digitais para complementar as demais tecnologias de impressão.
Mas acreditamos que em dez anos a tecnologia digital produzirá
uma parcela significativa dos materiais atualmente impressos
com os processos gráficos tradicionais.”