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GRAPHPRINT SET 12
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ENTREVISTA
GRAPHPRINT: Qual é o destaque da linha de reciclados?
De Marco: A linha Reciclato foi pioneira em promover o uso do
papel 100% reciclado em escala industrial, disponível em res-
mas e para aplicação gráfica, em bobinas e formatos maio-
res. Criada em 2001, a linha comporta dois tipos de papel,
compostos por 75% de aparas pré-consumo e 25% de aparas
pós-consumo: o Reciclato Natural, reconhecido por suas fi-
bras aparentes e sua cor puxada para o marrom; e o Reciclato
Branco, com fibras aparentes e uma tonalidade branca que
permite maior nuança nas impressões coloridas.
Recentemente, lançamos o Art Premium PCR, papel cartão
tríplex de elevada rigidez, fabricado com 30% de aparas pós-
-consumo extraídas de embalagens longa vida. O novo produ-
to foi desenvolvido a partir da parceria da Suzano com a Tetra
Pak e a Ciclo, fabricante de telhas para a construção civil com
forte apelo ambiental e social.
Além da redução significativa do envio de rejeitos para ater-
ros sanitários – uma vez que, além das fibras celulósicas, os
subprodutos plástico e alumínio, também são reaproveitados
–, temos ainda a participação das cooperativas de catado-
res de material reciclável, que ganharam mais uma opção de
venda do material longa vida.
GRAPHPRINT: O papel reciclado já é utilizado na impressão
digital?
De Marco: O apelo de ser um produto natural não prejudica de
maneira alguma a impressão digital. O alto grau de qualidade
possibilita que as linhas tenham usos diversos, que vão desde
encartes, catálogos, folders, peças promocionais, displays, ca-
pas, livros de arte e embalagens. Vale ressaltar, no entanto, que
algumas aplicações específicas requerem cuidados especiais.
Nesse caso, temos um corpo técnico bastante capaz para au-
xiliar nossos clientes diretos e indiretos em seus processos.
GRAPHPRINT: Além do quesito ambiental, quais as outras
vantagens do insumo?
De Marco: No aspecto social, com a implantação de unidades
de reciclagem e as parcerias com cooperativas de catado-
res de material reciclável, a Suzano colabora ativamente no
desenvolvimento econômico e inclusão social de aproxima-
damente 4 mil cooperados que vendem toneladas de aparas
pós-consumo para a fabricação das linhas de papel recicla-
do. A Suzano contribui para a profissionalização de coopera-
tivas de catadores desde 2001, quando se tornou a primeira
empresa a levantar a bandeira do uso do papel 100% recicla-
do em grande escala e passou a consumir material reciclado
diretamente das cooperativas. Outro ponto importante a ser
destacado é que, com a redução do material descartado nos
aterros, há também a diminuição dos níveis de emissões de
carbono, preocupação constante da Suzano.
GRAPHPRINT: Com a crescente marcha da sustentabilidade
é possível apostar em crescimento na linha em 2012?
De Marco: Não costumamos comentar previsões de mercado,
mas vemos um cenário muito propício para um envolvimento
cada vez mais consistente e consciente das empresas, indo
além da responsabilidade ambiental, com resultados eco-
nômicos e sociais. Parcerias com comunidades carentes e
cooperativas de reciclagem nos permitem vislumbrar um fu-
turo melhor, com a profissionalização da mão de obra e uma
ocupação respeitável que ajuda a formar cidadãos engajados
com a sua cidade.
Ainda na linha de produtos sustentáveis, vale ressaltar que a
Suzano foi a primeira empresa de celulose e papel no mun-
do e a primeira entre todos os setores na América Latina a
utilizar a metodologia PAS2050 para calcular a pegada de
carbono de um produto e conquistar a certificação Carbon
Reduction Label, concedida pelo CarbonTrust.
A Suzano tem a mais avançada prática de quantificação e
comunicação de emissões de gases de efeito estufa de pro-
“Além da redução significativa do envio
de rejeitos para aterros sanitários– uma
vez que, além das fibras celulósicas, os
subprodutos plástico e alumínio, também são
reaproveitados –, temos ainda a participação
das cooperativas de catadores de material
reciclável, que ganharam mais uma opção de
venda do material longa vida.”
“Outro ponto importante a ser destacado é
que, com a redução do material descartado
nos aterros, há também a diminuição
dos níveis de emissões de carbono,
preocupação constante da Suzano.”