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INDICADOR
GRAPHPRINT SET 12
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O levantamento do Indicador de Alfabetismo Funcional, o Inaf, divulgado re-
centemente, aponta melhoras na educação do jovem brasileiro. Embora exista
muito a avançar na área, principalmente em termos de qualidade, a educação
progrediu para a superação do analfabetismo absoluto entre os jovens de 15
a 24 anos, que era de 3% em 2001 e chegou a zero nesta edição da pesquisa.
Já o percentual de alfabetizados funcionalmente foi de 78% para 89%, resul-
tado que representa um aumento de 11 pontos percentuais quando compara-
do com o registrado em 2001, na primeira edição do Inaf.
Níveis de analfabetismo funcional caem
Resultados do Indicador de Alfabetismo Funcional
(Inaf) apontam que entre 2001 e 2011 os segmentos
sociais com maior defasagem escolar foram
os que mais progrediram. Resultados são
indicadores evidentes do ótimo futuro da leitura
e, consequentemente, da impressão
Os resultados obtidos pelo Indicador de Alfabetismo Funcional
(Inaf) entre 2001 e 2011 apontam que os principais avanços nos
níveis de alfabetismo da população entre 15 e 64 anos foram alcan-
çados pelos grupos mais desfavorecidos da sociedade brasileira.
“Verificamos avanços significativos na Região Nordeste, na zona
rural e na população negra. Isso aponta uma diminuição das desi-
gualdades do País em termos de domínio das habilidades de leitura,
escrita e matemática”, explica Ana Lúcia Lima, diretora executiva do
Instituto Paulo Montenegro, que, junto com a ONG Ação Educativa, é
responsável pela criação e implementação do Inaf.
O Nordeste também registrou melhoras importantes: em 2011, a
proporção de alfabetizados funcionalmente na região atingiu 62%,
ante os 49% registrados dez anos antes. É, no entanto, importante
registrar que apesar desses avanços a taxa permanece alta quan-
do comparada com a média brasileira, que é hoje de 73%.
O indicador constata avanços ainda mais significativos nos níveis
de alfabetismo na área rural. Apesar de permanecer com resul-
tados inferiores aos verificados nas áreas urbanas, a proporção
de alfabetizados funcionalmente nas áreas rurais do País passou
de 36%, em 2001, para 56% em 2011. Já o índice de analfabetos
funcionais caiu de 64% para 44% no mesmo período.
“Avançamos, mas esses grupos precisam continuar como priori-
tários. Com melhor e mais escolaridade será possível não apenas
melhorar suas habilidades de leitura, escrita e matemática, mas
também favorecer sua condição de desenvolvimento pessoal e
profissional, com consequentes avanços na redução das desigual-
dades sociais e econômicas”, complementa Ana Lúcia.
Entre os jovens de 15 a 24 anos, alfabetizados
funcionalmente chegam a 89%
Entretanto, apenas 36% atingem
o nível pleno de alfabetismo,
mesmo patamar de 10 anos atrás