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GRAPHPRINT MAI 12
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ENTREVISTA
Revista GRAPHPRINT:
Os sopapos econômicos mundiais
ecoaram na estrutura da Gutenberg?
Tiedemann:
A Gutenberg sempre procurou representar im-
pressoras e todas as máquinas que uma gráfica necessita.
Sempre contamos com um portfólio completo da pré-impres-
são ao acabamento.
Em 1998, a Gutenberg deixou de representar a Heidelberg,
pois a fabricante alemã resolveu se estabelecer no Brasil.
Hoje, contamos com um portfólio novo, centralizado nas má-
quinas impressoras da Komori. Há ainda guilhotinas, CtP,
acabamento, ou seja, tudo o que o gráfico precisa. Portanto,
nosso portfólio considera máquinas europeias e muitas má-
quinas asiáticas de alta qualidade. As impressoras japonesas,
por exemplo, são líderes de mercado, atualmente. Em linhas
gerais essa é a trajetória da Gutenberg. Sempre adequamos o
tamanho da empresa às situações econômicas do Brasil. Por
isso, percorremos altos e baixos. Um bom exemplo é que, se-
guindo a tendência nos anos 80, quando a importação ficou
complicada, fizemos a fábrica da A.Ulderigo Rossi. Dificuldades
existem para serem vencidas; é preciso estar atento e adaptar-
-se ao momento. Em determinadas situações do País, é claro, o
trabalho é facilitado e, em outras, fica mais complicado.
Devido à crise de 2008, o mundo teve de reduzir suas expec-
tativas comerciais e a Gutenberg, assim como todos os outros
fornecedores e fabricantes, teve de se readaptar. O consumo
mundial caiu e nunca mais chegará ao patamar de 2008. O
mundo mudou e a demanda ficou diferente; as pessoas estão
se tornando menos consumistas.
“Basicamente, o caminho é a linha de
consumíveis. Tínhamos outra opção
que era lidar com máquinas usadas
importadas, pois, nesse momento, está
muito acessível adquiri-las da Europa.
Mas sabemos que esse caminho não
favorece o desenvolvimento do Brasil.”
“Passamos por um processo de
reformulação. O número de vendas
de máquinas foi reduzido. Estávamos
acostumados a vender, antes da crise, 60
máquinas ao ano e esse número caiu pela
metade. Isso, obviamente, causou impacto
negativo na Gutenberg, que sempre foi
uma empresa concentrada na venda de
equipamentos. Agora, então, agregamos
serviços ao entrarmos no mercado de
consumíveis. Relutamos, pois achávamos
que uma empresa tem de se concentrar
num segmento e optamos em ficar no de
equipamentos. Mas a situação claramente
não permite tal escolha. “