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Cenário brasileiro
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Visando o aprimoramento da cadeia de embalagem e reafirmando sua representatividade e
importância para a economia do País, a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) divulgou
em encontro com seus associados o balanço setorial do setor de embalagem em 2011 por
meio do Estudo Macroeconômico da Embalagem Abre/FGV, estudo exclusivo da entidade re-
alizado há 15 anos pelo Ibre-FGV.
Na ocasião, o palestrante e coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros, apresentou o fechamento de 2011
e as perspectivas para 2012 do setor, que é considerado um dos termômetros da atividade
industrial brasileira. Entre os dados apresentados estão a balança comercial, a produção
física e a empregabilidade no setor de embalagem. Além desses dados, Quadros apresen-
Setor de embalagem no Brasil atinge o patamar
de R$43,7 bilhões em 2011
O Estudo Macroeconômico da Embalagem Abre/FGV mostra que a produção física da indústria
de embalagem em 2011 cresceu 1,5%, contra um crescimento de 0,27% da indústria geral no
mesmo período.
ta também um histórico do mercado de
embalagem nesses 15 anos de estudo,
trazendo o desempenho do setor durante
esse período.
No primeiro semestre do ano passado o
setor se manteve em crescimento, regis-
trando aumento de 3,11% em relação ao
mesmo período de 2010. No segundo se-
mestre, no entanto, o ritmo arrefeceu e a
produção apresentou retração de 0,07%
se comparada ao mesmo período do ano
anterior. Se avaliada a produção física
nos últimos 18 anos, observa-se que o
período em que a indústria teve seu pior
desempenho foi em 2003, com 6,32%
de recuo, e a maior alta, em 2010, com
crescimento de 10,23%.
Ao analisar o desempenho da produção
física na era dos planos econômicos,
tem-se que o setor atingiu a taxa má-
xima de 16,75% em 1985, ano do Plano
Cruzado, e a taxa mínima de ‐13,81%,
em 1990, ano do Plano Collor. O valor da
produção física de embalagem atingiu
R$42,1 bilhões em 2011. A participação
por setor neste faturamento é de 38%
dos materiais plásticos, seguido pelo
setor de papelão ondulado, com 17,69%,
e de cartolina e papel cartão, com
10,27%. O setor registrou nível recorde
de 226.210 empregados com carteira
assinada em outubro de 2011, recuando
nos dois meses finais do ano, fechando o
ano com 223.335 empregados com car-
teira assinada. A perspectiva para 2012
é que o nível de emprego na indústria de
embalagem deverá consolidar-se no pa-
tamar de 230 mil ocupações.
O Estudo da Abre mostra que em 2012
o setor deverá crescer 1,6%. Os fabri-
cantes nacionais de embalagem deverão
obter receitas próximas a R$46 bilhões
em 2012 superando os R$43,7 bilhões
gerados em 2011. O nível de empre-
go na indústria de embalagem deverá
prosseguir em expansão moderada,
aproximando-se de 230 mil ocupações
em dezembro.