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ARTIGO
GRAPHPRINT ABR 12
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A participação da área de Recursos Hu-
manos na visão estratégica da empresa
surgiu de forma tímida no início dos anos
70, ainda como foco nas questões legais e
sindicais. Porém, foi se modificando com
o tempo, absorvendo os impactos das
mudanças sociais, econômicas, políticas
e tecnológicas do mercado.
Nos anos 90, após a abertura do mercado
internacional, as empresas, para atingi-
rem um nível maior de competitividade,
passaram a perceber que o fator humano
seria o maior diferencial ou causador das
mudanças visando alcançar resultados. A
partir daí a atuação dos Recursos Huma-
nos passou a ser fundamental no avanço
do desenvolvimento profissional, passan-
do a valorizar as pessoas dentro de um
processo de performance.
A área de Recursos Humanos, por esse
motivo, viu-se obrigada a mudar seus con-
ceitos e técnicas de desenvolvimento pro-
fissional nas empresas, graças à abertura
e exigência de mercado que obrigou-as a
mudarem seu posicionamento estratégico
quanto aos desafios em preparar e moti-
var equipes para estarem engajadas na
busca dos melhores resultados a fim de
alcançarem os objetivos da organização.
Importante ressaltar que a atuação de Re-
cursos Humanos não é um privilégio ape-
nas para grandes empresas, mas também
pode ser desenvolvida e implementada
O desafio das pequenas
e médias empresas na
gestão de pessoas
Por Celso Bazzola*
em empresas de pequeno e médio porte.
Nos dias de hoje o papel da área de Re-
cursos Humanos deve focar ações para
o desenvolvimento de pessoas; planeja-
mento; busca de novos talentos; critérios
de remuneração de acordo com resulta-
dos; tecnologia que garantam a mensura-
ção de resultados; desenvolver fontes se-
guras de comunicação interna; conduzir e
ter a percepção do clima interno; relações
sindicais e trabalhistas, além de focar no
desenvolvimento de competências técni-
cas e comportamentais focadas para re-
sultados.
Relacionado a isso não podemos esque-
cer-nos da satisfação pessoal e profissio-
nal de cada membro da equipe. É por isso
que nota-se que em muitas empresas a
área de Recursos Humanos não atua des-
ta forma, algumas vezes por despreparo
dos profissionais do setor e outras pela
própria cultura da organização.
Hoje o mercado exige do RH um posicio-
namento estratégico dentro das organiza-
ções, voltado efetivamente para a gestão
de pessoas e equipes para contribuir com
os resultados da empresa, a partir da
consciência de que sem pessoas quali-
ficadas e motivadas a organização terá
sérias dificuldades na retenção e atração
de talentos, perdendo contato com seus
concorrentes.
A área de Recursos Humanos, através
de suas experiências e a importância de
sua existência, poderá criar mecanismos
que valorizem a capacitação e evolução
pessoal voltanos para obtenção de resul-
tados, através de técnicas e ferramentas
que mensurem a necessidade e momento
desta formação para que os colaborado-
res alcancem resultados satisfatórios.
Neste momento nos deparamos com a si-
tuação: ter uma equipe de RH interna bem
estruturada e funcional é apenas para as
grandes organizações? Esta percepção se
deve ao fator de que os custos fixos para
manter toda estrutura de RH se torna um
desafio para as pequenas e médias em-
presas nos quesitos remuneração; encar-
gos sociais; manutenção de tecnologia;
espaço físico; entre outros, uma vez que
a demanda destes serviços de RH não são
constantes nestas empresas.
*Diretor executivo da Bazz Estratégia
e Operação de RH -
.
Profissional com 27 anos de experiência,
Bacharel em Administração de Empresas;
Pós-Graduado em Recursos Humanos 
com Especialização em Clima e Cultura
Organizacional, Legislação Trabalhista e
Projetos em Gestão de RH. Professor de
graduação das Faculdades Anhanguera e de
MBA da Estácio de Sá.