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Panorama
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Competitividade é desafio para as
empresas de celulose e papel
Dirigentes das maiores
empresas do setor
apontam, durante o 44º
Congresso e Exposição
Internacional, os
caminhos que estão
tomando para manter
competitividade
A carga tributária elevada, o câmbio baixo e as ameaças rela-
cionadas ao aumento dos custos são algumas das questões que
estão na mesa dos principais dirigentes do setor de celulose e
papel, os quais vêm trabalhando para responder a esses desa-
fios com a busca por maior competitividade das empresas. Essas
questões foram destaque no ABTCP 2011 – 44º Congresso e Ex-
posição Internacional de Celulose e Papel, o maior encontro da
América Latina de celulose e papel, realizado de 3 a 5 de outubro
em São Paulo, no Transamérica ExpoCenter. O evento é promovido
pela Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP)
em parceria com a congênere alemã Associação de Químicos e
Engenheiros de Polpa Química e Papel (Zellcheming).
“Temos ameaças relacionadas aos custos, que estão subindo mui-
to, na área de logística, pessoal, serviços e outras commodities
utilizadas pelo setor”, destaca Antônio Maciel Neto, presidente da
Cia. Suzano de Papel e Celulose. O câmbio inverteu a curva, agora
rumo à valorização do dólar, mas tem mudado muito de trajetória,
afetando o setor, que é fortemente exportador. Além disso, o setor
paga 17% de impostos. “Após algum tempo, conseguimos recu-
perar créditos relativos a apenas 7%, mas os 10% restantes não
Maciel Neto: presidente
da Cia. Suzano de Papel e
Celulose: “Temos ameaças
relacionadas aos custos,
que estão subindo muito,
na área de logística,
pessoal, serviços e outras
commodities utilizadas pelo
setor.”
existem em nenhum outro país do mundo, e isso é um problema
muito sério para a indústria brasileira”, ressalta Maciel Neto.
O presidente do Grupo Orsa, Sergio Amoroso, concorda: “Os ba-
lanços das empresas abertas que são grandes exportadoras do
setor assustam pela quantidade de pagamentos de PIS, Cofins,
sem falar no imposto sobre investimento.”