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Papéis reciclados
GRAPHPRINT NOV 11
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vando a uma economia de 30% no consumo
de água da fábrica. Com foco na redução de
custos e emissões gasosas, substituímos
nossas antigas caldeiras de geração de vapor,
que tinham eficiência média de 85%, por um
equipamento, novo com 95% de eficiência.”
Machado aposta no trinômio oferecer mais,
melhor e preço justo. “O mundo atual é de
uma velocidade incrível; a todo o momento
surgem novos processos e oportunidades de
melhoria em todos os aspectos e em todos
os segmentos. Dessa forma, estamos enga-
jados em prover sempre as melhores e mais
modernas soluções, o que nos leva a um pro-
cesso de melhoria constante. Concentramos
todos os esforços no sentido de conscientiza-
ção dos consumidores, bem como na educa-
ção dos habitantes tanto no que diz respeito
à educação, propriamente dita, quanto na
educação enquanto consumidor conscien-
te. O País caminha muito lentamente nesse
sentido, pois é necessário muito esforço. Já
José Reinaldo Marquezini, da gerência técnica do Grupo Bignardi:
“É importante mencionar que se o papel não for reciclado acabará
fatalmente em aterros sanitários, onde sua decomposição produzirá
uma mistura gasosa de dióxido de carbono e metano, que se não
for devidamente tratada contribuirá para o aumento do efeito estufa
e do aquecimento global, revertendo o saldo positivo da cadeia de
papel e celulose.”
é passado o momento de olhar somente para
os custos dos produtos sempensar no futuro.
Temos de deixar esse pensamento egoísta e
pensarmos no próximo, em qual será o lega-
do que deixaremos. Não podemos ser presa
nem predador, temos de ser conscientes e
inovadores. O mundo está repleto de oportu-
nidades. É preciso partir do discurso para a
prática. Somente assim chegaremos a algum
lugar, e por mais distante que seja, o melhor
modo é dar o primeiro passo.”
Sinergia com a impressão
Machado avisa que o Ecoquality foi homolo-
gado para uso em impressoras jato de tinta,
laser e demais processos de forma muito
positiva. “O papel foi aprovado após exaus-
tivos testes realizados em equipamentos de
impressão que variam de 35 a 135 páginas
por minuto. Não houve nenhum inconvenien-
te em sua utilização e em todos os testes não
foi levado ao conhecimento dos operadores
que se tratava de um papel produzido a partir
do bagaço de cana, com o intuito de evitar
preconceitos. A qualidade do produto é sem-
pre motivo de atenção intensa, pois nosso
objetivo é disponibilizar ao consumidor uma
alternativa ecológica com ganho de qualida-
de e excelência na apresentação de seus tra-
balhos”, acrescenta o diretor da GCE Papéis.
Marquezini aponta algumas ideias jogadas
ao vento: “A qualidade dos papéis reciclados
para impressão e escrita evoluiu muito e está
no mesmo nível dos papéis produzidos com
fibra virgem. A utilização do papel reciclado
para impressão e escrita tem sofrido com o
ataque de uma campanha difamatória, que
divulga informações questionáveis, promo-
vido por alguns agentes de mercado, des-
qualificando o papel reciclado como uma
alternativa ambientalmente correta. O medo
da substituição total do papel de fibra virgem
pelo papel reciclado é infundado, pois o se-
gundo não existe sem o primeiro. O papel de
fibra virgem certificado, sem dúvida nenhu-
ma, é melhor do que o que não é certificado,
porémo papel reciclado é insubstituível como
elo no fechamento do ciclo desta cadeia.”
Não há problema na impressão de papéis
reciclados e cada papel e cada tecnologia
de impressão possui suas características,
fala De Marco. Króes afirma que um pro-
duto reciclado de alta qualidade e perfor-
mance não apresenta nenhuma diferen-
ciação quando comparado com produtos
de fibras virgens.
Curtas do setor
- A Bonet viveu um ano muito bom, aumentou seu market share em 15% e alcançou crescimento de até 18% em alguns cartões seg-
mentados quando comparado com 2010.
- A produção atual da GCE é de 162 mil toneladas ao ano e em médio prazo há a possibilidade de expandir de 50% a 70%.
- O Grupo Bignardi tem capacidade de produzir 50 mil toneladas de papel acabado por ano. “Estimamos uma expansão de 10% por
meio de melhorias no processo e adoção de procedimentos inéditos”, avisa Marquezini.
- De Marco observa que a política nacional de Resíduos Sólidos trará um grande incentivo ao uso de reciclados no país.
- A capacidade atual da Papirus é de 7.500 toneladas sendo que é possível, por meio de investimentos, chegar a 9 mil toneladas
aproximadamente.