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Causa e efeito
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muito grande. A fome fscal, em alguns ca-
sos, toma quase 40% da receita das empre-
sas. A maioria das leis voltadas para conter
a grande empresa acaba contendo a média
e pequena companhia. Com isso, os bancos
criam difculdades na hora de conceder um
capital de giro, um empréstimo, etc., pois
eles sabem que o pequeno empreendedor
precisa suar muito a camisa para conseguir
gerar lucro para pagar toda sua estrutura e
os juros.
Assim, este pequeno empreendedor precisa
descobrir maneiras menos burocráticas para
conseguir fnanciamentos, mesmo que seja
indireto. Hoje em dia algumas instituições trabalham com linhas de fnanciamento do
produto ou serviço fnal, ou seja, ele concede à pessoa física que deseja adquirir um
bem ou serviço fnanciamento em até 36 vezes e paga a empresa à vista.
Dessa forma, esse empreendedor passa a ter maior competitividade no mercado,
conseguindo atingir um público maior, uma vez que consegue proporcionar um
parcelamento em várias vezes. Passa a fcar mais capitalizado, pois recebe à vista
pela venda de seu produto e, dependendo da linha de crédito, não assume mais
risco de inadimplência.
Alguns produtos disponíveis no mercado podem facilitar muito a vida do pequeno
e médio empresário.  Uma solução viável pode ser o correspondente bancário, que
vem desempenhando muito bem esse papel de ligação entre o empreendedor e o
banco, pois consegue estar presente em todo o território nacional e dar um aten-
dimento personalizado.
O mercado para esse correspondente atuar é muito grande, mais de 55% dos pos-
tos de trabalho do País e mais de 57% da massa de rendimento depende das
pequenas empresas, que estão muito carentes no que se refere a soluções fnan-
ceiras e atendimento personalizado.
Acesso ao crédito para pequenos
e médios empresários
Muitos são os motivos da
dificuldade de crédito, como,
por exemplo, ter pouco
tempo de CNPJ, nome restrito
ou não se enquadrar na
política do banco
Por Fabio Macedo*
A economia brasileira está entre as dez maiores
economias do mundo, entretanto, quando se fala
em crédito nossa economia ainda tem muito a
evoluir para se situar entre as maiores. O volu-
me de crédito no País vem crescendo ano após
ano, chegando a aproximadamente 50% do PIB.
Só para se ter uma ideia, nos Estados Unidos ou
Japão o volume de crédito supera os 180% do
PIB. Países europeus, como Grã-Bretanha e Su-
íça, chegam a 160% do PIB, e Itália e França, a
90% do PIB.
Apesar da melhora na concessão de crédito no
Brasil, a maioria dos pequenos e médios empre-
sários encontra muitas difculdades em localizar
linhas de crédito com taxas e prazos competiti-
vos. Muitos são os motivos desta difculdade de
crédito por parte dos pequenos, ou porque têm
pouco tempo de CNPJ, ou porque tem algum tipo
de restritivo em nome, ou não se enquadra na po-
lítica do banco, etc.
As difculdades enfrentadas pelo pequeno empre-
sário em administrar sua empresa hoje em dia é
celulose. Nas horas trabalhadas, houve queda, comparativamente
a julho de 2010, em 13 segmentos, com declínio mais forte em
madeira, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, couro e cal-
çados.
Já o emprego cresceu para a maioria dos setores nessa compa-
ração. Apenas cinco segmentos industriais registraram queda,
incluindo madeira e edição e impressão. O setor de máquinas e
equipamentos acelerou o faturamento de 2,7%  entre junho último
e junho de 2010 para 4%  entre julho de 2010 e julho passado, mas
na mesma comparação o indicador de horas trabalhadas desace-
lerou de 0,7% para 0,4%. “O maior crescimento do faturamento
face à perda de dinamismo das horas trabalhadas e maior ociosi-
dade do parque industrial sinaliza um aumento de produtos impor-
tados na cadeia de produção de bens de capital”, diz a pesquisa.
*Executivo da BR Zap e engenheiro civil com experiência no mercado fnanceiro.