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ARTIGO
O fomento do acesso ao livro é fator imprescindível para o sucesso, ime-
diato e perene, da campanha mundial “Faça algo pela diversidade cultural
e a inclusão”, recentemente lançada pela Unesco (Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a Aliança de Civilizações
da ONU (Unaoc). Assim, é oportuno aproveitar a iniciativa das duas enti-
dades multilaterais, enfatizada na mídia de vários países, para reforçar a
importância da democratização da leitura como um dos fatores de ascensão
socioeconômica.
Atuar de modo absolutamente comprometido com essa meta tem sido prio-
ridade da Câmara Brasileira do Livro (CBL), corroborada pelo trabalho da
atual diretoria. Embora empossados há pouco mais de três meses, em 28 de
fevereiro último, os novos dirigentes já deram passos expressivos. Um deles
foi a ativa participação da entidade no processo relativo à criação do Circuito
Nacional de Feiras de Livros, recentemente lançado em parceria com o Mi-
nistério da Cultura e a Fundação Biblioteca Nacional.
A CBL, historicamente, tem cumprido missão relevante no sentido de es-
timular essas mostras em todo o País, por meio de parcerias, apoios e a
utilização de seu know how como promotora da Bienal Internacional do Livro
de São Paulo, a terceira maior do setor em todo o mundo. O novo circuito
permitirá potencializar mais uma conquista do mercado editorial, na qual
nossa entidade também foi uma das protagonistas: a mudança na Lei Roua-
net, que possibilitou a dedução, por parte dos patrocinadores, de 100% das
verbas aplicadas nos projetos e eventos de livros.
Outra ação a ser enfatizada refere-se aos direitos autorais. A CBL promoveu
ampla articulação das entidades de toda a cadeia produtiva para encami-
nhar propostas de melhoria ao projeto do Ministério da Cultura, que precisa
de aprimoramentos antes de ser endereçado ao Congresso Nacional. O go-
verno foi sensível à questão e está considerando os pontos apontados pelo
mercado editorial.
Também merece ser pontuada a realização do 2º Congresso Internacional
CBL do Livro Digital, que será realizado em 26 e 27 de julho de 2011. Está
tudo pronto para o evento, no qual deverão ser formuladas novas propostas
para o desenvolvimento dessa irreversível tendência do mercado. A entidade
tem sido pioneira na abordagem do tema, buscando contribuir para que o
e-book e as novas mídia somem-se, de modo positivo e complementar, ao
livro tradicional, ampliando as oportunidades de acesso à leitura no País. E
Livro é protagonista da
inclusão sociocultural
Por Karine Pansa*
*Karine Pansa é presidente da Câmara Brasileira
do Livro (CBL).
queremos fazer isso com respeito à qualidade, à
originalidade das obras, com absoluta segurança
contra a pirataria e inalienável respeito aos direi-
tos autorais.
Em todas as frentes, estamos trabalhando de ma-
neira incansável para que o ato da leitura seja,
cada vez mais, fator de cidadania, provedor de
cultura e instrumento de inclusão social, como
preconiza a campanha da Unesco. Para nós, essa
é uma responsabilidade permanente, pois acredi-
tamos ser o livro, em quaisquer mídias legais, o
grande portal do desenvolvimento!