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GRAPHPRINT AGO 11
Rotativas
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para ser respondida em poucas linhas, pois depende de uma série
de fatores, mas vou dar um exemplo prático: se estiver operando
uma rotativa comercial de 16 páginas, extremamente bem cui-
dada e equipada, inclusive com closed loop system, e uma pré-
impressão calibrada para o modelo em questão, equipe treinada
e capacitada, rodando em papel cuchê uma revista de altíssima
qualidade, podemos dizer que a partir da segunda entrada, 500
cadernos na partida já podem ser obtidos. Com essa informação,
a tiragem mínima se torna uma decisão estratégica de cada em-
presa”, diz Toledo.
Klökler avisa que o fator determinante para tiragens mínimas de-
pende do modelo de rotativa em uso e seu nível de automação
para que o custo de uma tiragem curta não extrapole o razoável. “É
impossível generalizar uma tiragem mínima sem saber exatamente
de qual rotativa estamos falando”, acrescenta o diretor da Kalmaq.
Möller ressalta que essa mudança de cenário já foi percebida pelos
fabricantes e a Manugraph DGM, por exemplo, vem desenvolvendo
linhas produtivas mesmo para demanda de baixas tiragens, “isso
porque essa é a nova regra do mercado de impressão. Por isso hou-
ve a necessidade de as impressoras rotativas, com tecnologia para
a demanda atual, saírem de fábrica prontas para esse mercado”,
acrescenta o gerente de rotativas da Ferrostaal.
Dutra é enfático: “A partir de 5 mil já é possível produzir em má-
quinas rotativas com custo competitivo.” De acordo com Sette, a
tiragem mínima varia de acordo com a largura da máquina, uma
vez que os trabalhos têm diferentes encaixes: “Portanto pode-se
estimar que um comprimento mínimo de banda que justifique a
utilização de uma impressora rotativa de alta velocidade seria ao
redor de 3 mil metros lineares.”
Para Dalama a evolução dos equipamentos trouxe novos caminhos:
“As máquinas rotativas evoluíram muito em termos de acerto e
processo produtivo, e além disso, com a toda a automação embar-
cada, é possível produzir com mais qualidade, menor desperdício
e tiragens menores. O acerto da máquina ou os tempos de setup
permitem isso atualmente. No caso da Rotatek, que produz máqui-
nas rotativas para o segmento de rótulos e embalagens flexíveis,
podemos dizer que é possível reproduzir com custo viável a partir
de 5 mil imagens. Porém é necessário analisar o produto e de que
forma deve ser produzido. Em alguns casos, como produtos com
posterior acabamento, é possível se fazer esse acabamento em
linha. Sendo assim, mesmo que o custo de impressão em rotativa
seja maior, é possível compensar isso eliminando processos pos-
teriores e, consequentemente, tempo e desperdício.”
Variedades de dobras, formatos e
gramaturas
Antigamente a impressão rotativa encontrava alguns obstáculos
ao lidar com diferentes dobras, formatos incomuns e gramaturas
Rua Casa do Ator, 1.117 conj. 44 Vila Olímpia
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para diversos tipos de substratos.
incomuns ao tipo de impressão. De acordo com Dalama, pratica-
mente não existem mais empecilhos, pois a máquina atual é do-
tada de sistema de transmissão eletrônica que permitem produzir
formatos de polegadas ou milímetros. “No caso das gramaturas
isso foi superado, pois a maioria das rotativas que têm troca de
formatos por sleeve não possui engrenagens, logo elas podem
imprimir diversas gramaturas sem a limitação do engrenamento”,
explica o diretor comercial da Rotatek.
Sincero, Dutra lembra que a variedade de formatos é um dos
pontos fracos das rotativas: “Por esse motivo, a KBA é a única
empresa que pode oferecer uma dobradeira V5 de formato variá-
vel.” Klökler informa que as rotativa atuais podem estar equipadas
com dispositivos que permitem variadas dobras e formatos, assim
como, dependendo do equipamento, permitem uma variedade de
gramaturas bastante alta, especialmente quando o equipamento
está equipado com um folheadeira.
Toledo avisa que os equipamentos de impressão rotativa possuem
formatos que atendem praticamente 100% do mercado editorial.
“Nesse caso, produtos que mesclam os dois processos já fazem
isso muito bem e têm se mostrado adequados; a indústria está
muito adaptada.”