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Especial gráficas - Sustentabilidade
GRAPHPRINT AGO 11
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Pierina observa que a qualidade dos produtos oferecidos por empresas voltadas
à preservação ambiental aumentou muito. No momento de optarmos por um for-
necedor ou outro, a questão ambiental é usada como diferencial. Hoje já há certa
variedade de produtos para atender nossas expectativas”, acrescenta o diretor de
qualidade da Burti. Belarmino avisa que a Antilhas possui o programa de Homologa-
ção, Desenvolvimento, Avaliação e Reavaliação dos Fornecedores, que prioriza sete
aspectos, dentre eles responsabilidade social, saúde e segurança e meio ambiente.
“Com esse programa a Antilhas não só reafirma sua preocupação em manter uma
estrutura sólida, mas também comprometida em disseminar as boas práticas de
sustentabilidade ambiental”, avisa o coordenador de sustentabilidade da gráfica.
Trabalhar com fornecedores que atentem para o lado ambiental é uma condição fun-
damental para que a Plural cumpra com as exigências das certificações e normas am-
bientais, além de atender às necessidades dos clientes. No caso do papel geralmente
não há problemas com a demanda quando se trata de papel certificado. “Os grandes
produtores nacionais de papel possuem certificações FSC e Cerflor e atualmente é mais
fácil conseguir papéis certificados comprando no mercado local, já que em alguns ca-
sos de papel importado não existem cotas destinadas ao Brasil de produtos certifica-
dos”, fala Rogério Cordeiro, gerente administrativo financeiro da Plural.
Outro produto certificado que a Plural consome em grande volume são os paletes.
“Nosso principal foco hoje está nos paletes. Todos os nossos fornecedores compro-
vam que a madeira é proveniente de reflorestamento e certificada. Quanto aos demais
insumos, dependemos da aceitação e da necessidade do cliente”, diz Ivana Freire,
gerente administrativa e jurídica e responsável pela área de compras da gráfica.
Franco finaliza a questão: “Todos os fornecedores de matéria-prima e insumos da
Stilgraf operam dentro do contexto ambiental; a maioria, com certificação ISO 9001
e ISO 14001. Assim, oferecem produtos de qualidade conforme critérios estabele-
cidos pela Stilgraf.”
O descarte
Inerente a todo processo produtivo, qualquer gráfica gera resíduos que nem sempre
são amigáveis ao ambiente. Tomemos então como exemplo a água, que é um recurso
usado por praticamente toda a indústria. Impactos ambientais, que afetam etapas do
ciclo hidrológico, modificam a qualidade e a quantidade de água em cada fase. E, a
cada modificação, reduzem-se os poucos 0,007% de água que os seres humanos e
milhares de outras espécies podem beber.
Empregada em toda e qualquer indústria, a água é proveniente de fontes naturais
limpas, como rios, aquíferos e lagos. A indústria em geral utiliza 22% de toda a
água retirada da natureza do mundo, ficando atrás apenas da agricultura, que uti-
liza cerca de 70%. Nos países desenvolvidos, a indústria ultrapassa a agricultura e
passa a consumir 59%.
A indústria alimentícia é a maior responsável pelo despejo de resíduo orgânico no
ambiente: de todo o material orgânico depositado ela é responsável por 46,8%.
Infelizmente quanto maior a diversidade de empresas maior será a diversidade de
resíduos encontrados.
Evidencia-se que, até então, o grande problema não é a água que entra, mas a que
sai. É preciso cuidado ao descartar resíduo de produção gráfica, por exemplo. “Temos
parceria com uma empresa idônea que recolhe e dá a destinação correta e responsá-
vel a todos os resíduos gerados pela gráfica. Além disso, tratamos parte dos resíduos
em nossa estação de tratamento de químicos”,
explica o diretor geral da Gráfica Oceano.
A Antilhas alia o descarte dos seus resíduos à
Política de Sistema de Gestão Integrado: “Mo-
nitoramos desde a geração, segregação, carac-
terização, coleta e tratamento do resíduo. Hoje
100% dos resíduos de papel, plástico, vidros,
metal e óleo usados são destinados para a re-
ciclagem. Os efluentes industriais são tratados
dentro dos parâmetros legais aplicáveis; o óleo
usado do nosso restaurante na empresa é des-
tinado para a produção de biodiesel; as pilhas
e baterias são enviadas para reciclagem e re-
processamento. Já os resíduos industriais são
Amilton Garrau, diretor comercial e marketing da
RRDonnelley:
“As alternativas para substituições de
itens que agridem o meio ambiente e
também o funcionário fazem parte da
rotina da empresa. O mercado está
adquirindo esta cultura e melhorando
as características de seus produtos
constantemente.”