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Estudo determina novos rumos para setor de distribuição de produtos químicos e petroquímicos
Pesquisa realizada pela Associquim e Sincoquim aponta a necessidade de as distribuidoras atuarem como
interface na cadeia produtiva, focando inovação e sustentabilidade
A necessidade de adotar processos inovadores e sustentáveis influenciou de
forma definitiva todos os setores da economia. Pesquisa realizada pela As-
sociação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos
(Associquim) e pelo Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Químicos e
Petroquímicos no Estado de São Paulo (Sincoquim) apontou os desafios que
o setor deverá enfrentar nos próximos anos, principalmente diante das pers-
pectivas de exploração do pré-sal, e revelou a importância das distribuidoras
na tarefa de analisar o mercado e implantar políticas efetivas para comparti-
lhar o conhecimento adquirido de cada elo da cadeia produtiva, com foco em
segurança e sustentabilidade. “A missão das empresas distribuidoras é, cada
vez mais, atuar como transmissoras de conhecimento, estimulando políticas
ambientalmente responsáveis”, afirma o presidente da Associquim, Rubens
Medrano. “A pesquisa tem por objetivo nos mostrar onde podemos ser mais
atuantes”, completa.
O estudo, intitulado “A Distribuição de Produtos Químicos e Petroquímicos no
Brasil e sua importância na visão da cadeia produtiva”, contou com a partici-
pação de 160 empresas – entre produtores e consumidores industriais – que
evidenciaram a qualidade e a confiança em relação à atuação das distribuidoras
para regular estoques e auxiliar a estabelecer preços dos produtos, classifican-
do esse trabalho como de excelência. “Do ponto de vista de logística e arma-
zenagem, mais de 60% das empresas afirmam que as distribuidoras têm desempenho entre bom e ótimo”, comenta Medrano.
Segundo apurou a pesquisa, as distribuidoras também desenvolvem a importante função de orientar os consumidores industriais
quanto a melhor forma de manipulação dos produtos, desde a armazenagem até orientações específicas sobre os usos de cada
composto químico.
Por outro lado, foi notado que é frágil a interação entre as partes, sendo que o know-how específico de cada atividade deixa de
contribuir para o desenvolvimento da outra. Um gap que dificulta, inclusive, o surgimento de inovações no setor.  “O conhecimento
dominado pelos técnicos do setor de produção precisa ser melhor aproveitado e repassado ao distribuidor”, concorda Medrano.
“Não só para que os produtos sejam utilizados de forma correta, o que já é uma preocupação nossa”, reforça, “mas porque o
distribuidor pode, e deve, fazer uso dessas informações para vender o produto adequado a cada cliente e orientar sobre a melhor
forma de uso”, explica.
O presidente da Associquim aponta que também é muito importante manter o processo inverso, levando as informações, dúvidas
e sugestões dos distribuidores, que estão em contato direto com o consumidor industrial, para os produtores. “Os distribuidores
têm condição de captar essas informações por todo o País e apresentar uma análise de mercado constantemente atualizada,
agregando valor e conhecimento ao serviço prestado”, pondera. “Essas análises poderiam, inclusive, servir de referência para o
setor de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) das empresas saber quais são as necessidades do mercado e desenvolver, a partir daí,
produtos focados em suprir essas lacunas”, acrescenta. A implementação desses processos, somada ao auxílio técnico que as
empresas distribuidoras prestam aos seus clientes, destaca Medrano, irá tornar a cadeia produtiva mais eficiente e responsável,
tanto social quanto ambientalmente.