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Papel cartão
GRAPHPRINT JUL 11
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um mundo melhor. Nesse sentido, o uso de embalagens de menor impacto ao meio ambiente, o desenvolvimento de
embalagens com minimização do uso de recursos, a otimização da vida das embalagens, o design sustentável e o de-
senvolvimento de embalagens menores e com menor peso são ações vitais para que consigamos oferecer as soluções
que esse “novo mercado consumidor” busca. Outra novidade é a combinação de materiais, que tem como objetivo
promover diferentes propriedades em um único produto. Um exemplo é a combinação de papel cartão e pouch flexí-
vel. O pouch flexível garante a proteção do produto e o novo fechamento da embalagem, enquanto que o papel cartão
proporciona estrutura, fácil manuseio e apresentação no PDV. Outra característica interessante dessa combinação é o
seu apelo sustentável, uma vez que o papel cartão e pouch flexível se separam no momento do descarte. Geralmente,
essa embalagem atende aos mercados de miniaperitivos, pipocas, sucrilhos e balas.
Há ainda mercados inexplorados pela indústria de embalagem?
Devido ao fato de a embalagem atender às necessidades do mercado consumidor, e por este estar em constante
transformação, podemos considerar que o potencial do segmento de embalagens é infinito. Percebemos que cresce
o número de consumidores que buscam por embalagens que protegem e conservam a naturalidade do produto sem a
adição de conservantes. Isso nos motiva para desenvolvermos novos materiais e novas tecnologias, como a nanotec-
nologia aplicada ao nosso processo industrial. Outra oportunidade se refere ao termo “Save Food”, retratado na Inter-
pack 2011. O termo “Save Food” evidencia o desperdício de alimento no mundo e como a embalagem pode contribuir
para amenizar essa problemática. Com base nisso, a indústria está em busca de embalagens que garantam o aumento
da vida útil dos produtos, o que certamente gerará novos projetos de desenvolvimento. Além disso, o mercado de em-
balagens com soluções inteligentes contra imitações, falsificações e manipulação indevida, assim como o mercado de
embalagens recicláveis, também tem potencial a ser explorado.
Quais os tipos de papel cartão utilizados pela MWV Rigesa?
Os tipos de papel cartão utilizados pela MWV Rigesa são: duplex, triplex, SBS (sólido) e metalizado/holográfico.
Curtas do setor
- A capacidade produtiva da Suzano é de aproximadamente
260 mil toneladas de papel cartão por ano. “O Brasil ocupa
posição de destaque no ranking mundial de produção de pa-
pel de todos os tipos figurando entre os 15 primeiros coloca-
dos. Na América Latina, o país possui uma posição confortá-
vel”, fala Canela.
- A Klabin investiu pouco mais de R$ 2 bilhões na duplica-
ção da produção de papel cartão acreditando na expansão
dos mercados. “Hoje, a companhia se posiciona como a sexta
maior produtora mundial de papel cartão de fibra virgem. Vale
destacar que, neste meio tempo, houve uma crise financeira
mundial e os países emergentes, e alguns da América Latina,
apresentaram respostas mais rápidas para a recuperação das
suas economias. O mercado brasileiro de conversão do papel
cartão se encaixa nesse cenário, pois atendeu a forte deman-
da provocada pelo consumo. A disponibilidade dos produtos
pela Klabin contribuiu para abastecer o mercado nacional
nesse contexto”, explica Bernardino.
- De acordo com Nascimento, o Brasil é autossuficiente na
produção de papel cartão para embalagens e ainda exporta
aproximadamente 30% do todo volume produzido. “A capaci-
dade instalada da MD Papéis para fabricação de papel cartão
é de aproximadamente de 5 mil toneladas/mês, plenamente
capaz de atender a demanda do mercado”, acrescenta o ges-
tor de negócios da MD Papéis.
- Gianini avisa que o Brasil é autossuficiente e exportador em
relação ao papel cartão para embalagens. “A capacidade da
Papirus é de 90 mil toneladas/ano de papel cartão”, diz.