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GRAPHPRINT JUL 11
EDITORIAL
Dê preferência à vida
Recente campanha da Prefeitura da Cidade de São Paulo reafirma o dever de to-
dos em dar preferência à vida, sempre! Paulistanos ou não, que vivem na cidade
de São Paulo, estão acostumados com as “regras” locais: pressa para chegar no
horário e local combinado e pressa para sair do local, pois o trânsito se torna
caótico depois do amanhecer, durante o dia, à tarde, à noite e de madrugada.
Sejamos sinceros: às vezes não damos preferência nem as nossas famílias.
Oras, às vidas alheias, então, não me venha com essa de “estou atrasado”.
Nesta edição de julho, confessamos que sem notar, notando, puxamos as maté-
rias para o lado da sustentabilidade. Logo, demos preferência à vida também.
Por isso, do começo ao fim lidaremos com a sustentabilidade. Hoje, para quem
ainda não sabe, no cotidiano da indústria gráfica, a sustentabilidade, a preser-
vação da vida, é via preferencial. Olhem, por exemplo, os fabricantes de tintas
gráficas: sem exceção, dão preferência à vida ao colocarem, em suas formula-
ções, matérias-primas de fontes renováveis. Conforme evolução de pesquisas
e desenvolvimentos, as tintas ficam livres de metais pesados. “A tendência
mundial é a formulação de tintas com menor percentual ou ausência de óleos
minerais de petróleo, que são substituídos por óleos vegetais, extraídos de ma-
deiras ou grãos, ou seja, óleos de fontes renováveis. Essa substituição busca
tintas com menor índice de compostos orgânicos voláteis, que agridem a ca-
mada de ozônio”, explica Zorzetto, gerente industrial da Printcor. Isso é andar
na preferencial da vida.
A Agfa é outra empresa do segmento que coloca o pé firme na dividida: lan-
çou recentemente seu relatório de sustentabilidade. “A ecoeficiência é uma
bandeira que todas as gráficas do mundo terão de abraçar. E isso vai além
do segmento gráfico. Trata-se, resumidamente, de meios tecnológicos e mate-
riais para produzir melhor, mais rápido, com mais qualidade e de uma maneira
ambiental responsável”, explica Eduardo Sousa, gerente de marketing da Agfa
para a América Latina. Isso também é dar a preferencial à vida.
Para Julio Chagas Pelegrineli, engenheiro florestal e certificador de cadeia de
custódia FSC da Control Union Certifications BV, o entrevistado desta edição,
pequenas empresas, grandes instituições financeiras e também o governo es-
tão se tornando cada vez mais conscientes das ameaças à saúde, à segurança,
à vida selvagem e ao ambiente. O selo FSC – em questão na entrevista – não é
obrigatório, mas você realmente é um dos que dão preferência à vida?
Outra empresa que vem preservando a vida há 50
anos é a Printon, aniversariante da edição; temos ain-
da o começo do questionamento da Lei Cidade Lim-
pa: já há muitas pessoas engajadas em “derrubar”
e dar preferência à vida aos outdoors na cidade de
São Paulo. É justo, portanto, que durante a Copa do
Mundo no Brasil, por exemplo, apenas São Paulo não
possa expor seus anunciantes, uma vez que a cidade
sozinha representava 60% dessa mídia no País?
Declaramos, assim, guerra preferencial à vida. Fir-
mamos o compromisso de darmos a ela prioridade
sempre, seja no trânsito, na indústria, no uso das
matérias-primas e ou desenvolvimento de novos
mercados. Afinal ela é bonita, é bonita e é bonita.
Por mais que esteja errado no trânsito da cidade de
São Paulo, ninguém quer a morte, só saúde e sorte.
Saudações Graphprintenses
Fábio Sabbag