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GRAPHPRINT JUL 11
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Índice de confiança de pequenos e
médios negócios cai pela terceira
vez consecutiva
Apesar da queda do indicador relativo ao terceiro trimestre deste ano, patamar
acima dos 70 pontos reflete confiança; principais retrações estão na intenção de
investir e nas perspectivas de lucro
Com relação ao terceiro trimestre de 2011, o Índice de
Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN),
que reflete as perspectivas dos empresários do setor,
registrou queda em relação ao último levantamento. O
indicador chegou a 72,3 pontos ante os 74,2 registrados
na edição anterior, em uma escala de 0 a 100. Esta é a
terceira queda consecutiva do indicador, que atingiu seu
maior valor no último trimestre de 2010, o que sinaliza
a cautela do segmento. No entanto, ao se manter acima
dos 70 pontos, o resultado demonstra que o empresá-
rio mantém a confiança em relação ao desempenho da
economia.
Com o objetivo de aprofundar o conhecimento das ex-
pectativas do setor de pequenas e médias empresas,
o IC-PMN é realizado em parceria entre Insper e San-
tander a cada três meses. Na análise das questões que
compõem o índice, a principal retração foi registrada na
intenção de realizar investimentos no próximo trimes-
tre, que variou de 73 pontos no segundo trimestre para
70 pontos, queda de aproximadamente 4%. Também me-
recem atenção as perspectivas de lucro dos empresá-
rios, que caíram 3,3%, de 77 pontos para 74,5 pontos no
terceiro trimestre.
Foi observada queda no índice de confiança dos três
ramos de atividade, com destaque para o comércio, que
recuou de 74,4 pontos para 71,3 pontos. A indústria va-
riou de 74,4 pontos no segundo trimestre para 73,5 pon-
tos nesta edição, enquanto serviços registrou pequena
variação de 73,6 pontos para 73,4 pontos.
Os empresários da Região Norte são os mais otimistas,
com a maior pontuação: 76,8 pontos. Registraram ligei-
ra alta em relação ao último levantamento (76,4 pontos).
As demais regiões tiveram queda, em especial o Sul,
com a maior retração: de 74,1 para 71,8 pontos. “Após o
pico alcançado no final do ano passado, é natural e até
esperada uma retração no índice de confiança. A este
fator, somam-se fatores macroeconômicos que levam o
empresário a olhar para a economia e para seu próprio
negócio com mais cautela”, avalia Danny Claro, pesqui-
sador do Insper responsável pelo levantamento.
“Os resultados mostram que o comércio é o primeiro
setor a sentir a desaceleração na economia, movimento
que também já é perceptível nos demais setores. Enten-
demos que a queda nos principais indicadores da pes-
quisa reflete a adequação na estratégia dos empresá-
rios diante de ritmo mais sustentável de crescimento da
economia. Os pequenos e médios empresários seguem
confiantes e com boas oportunidades de negócios”, diz
César Fischer, superintendente de Pequenas e Médias
Empresas do Santander.