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GRAPHPRINT DEZ/10
GRAPHPRINT: Convergir marcas e produtos não é tão sim-
ples assim, principalmente na indústria gráfica. Como será
o trabalho das empresas daqui em diante?
Barbosa:
As empresas dizem que é complicado ligar com-
ponentes de diversos fornecedores e isso é um fato. Há dez
anos, por exemplo, automação era uma palavra muito mais
distante do gráfico do que é hoje; o nível de automação au-
mentou.
A indústria gráfica migrou para o CTP, mas se olharmos o pro-
cesso como um todo ainda há grandes ilhas. Temos a ilha
comercial, que faz os contatos e busca os pedidos; a ilha da
pré-impressão; a ilha da impressão; e a ilha do acabamento.
Ainda hoje, as ilhas ainda não estão perfeitamente conecta-
das. Por isso, nos esforçamos para fluir, de um lado para o
outro, sem perdas. Como exemplo, cito a questão do ajuste de
cores: como padronizar o processo e garantir a qualidade do
produto do começo ao fim de uma forma controlada? Temos
de criar ferramentas que gerem custos e prazos cada vez me-
nores. Acredito que o grande desafio é integrar profissionais,
estratégias e produtos diferentes. É pura competição, mas
para o cliente final o importante é o resultado. E resultado
significa custo mais baixo, rapidez e qualidade.
Por isso, o que tratamos na parceria entre Metrics e Kodak
na verdade é um passo nessa direção, que começou há anos.
Foi criado o CIP4 para desenvolver um protocolo, que é o JDF,
que objetiva a criação de um idioma universal e que transmita
dados e conteúdos sem perdas.
O que fizemos foi trazer uma solução que assimila essa ma-
neira de trabalhar. A Kodak tem uma série de produtos e acre-
dito que seja uma prioridade para a empresa o formato JDF;
para a Metrics é extremamente importante, pois sempre atua-
mos para melhorar a gestão dos clientes, e avançamos muito
nesse sentido. Nossos sistemas se integram perfeitamente.
Por meio dele, os clientes sabem quando têm de parar a im-
pressora ou quando o equipamento já alcançou produtividade
máxima, por exemplo.
Agora, conseguimos dar um passo à frente integrando o sis-
tema Metrics com o workflow Prinergy por meio do JDF. Ali-
ás, quebramos uma barreira, pois, por meio dessa conexão,
a informação completa é passada automaticamente ao Pri-
nergy. O trabalho manual definitivamente foi automatizado.
A interligação transfere ao Prinergy a informação que estava
no setor de vendas ou no PCP e ele prepara o trabalho, faz a
imposição, solta a chapa, entre outros. Cada job, por exemplo,
pode ser reduzido em 40 minutos aproximadamente. Outro
aspecto vantajoso é a comunicação, que tradicionalmente é
complicada na área de pré-impressão. Com todas as infor-
mações automatizadas dá para saber, por exemplo, quantas
provas, que é um negócio caro, foram tiradas ou se já foi feita
a imposição.
Rodrigues:
Esse tipo de integração possibilita ao empresário
acesso total às informações que antes ficavam retidas numa
espécie de caixa-preta. O empresário gráfico naturalmente
sabe quantas horas de máquina a empresa precisa e de fato
quanto ela está fazendo; são informações inerentes. Mas, se
perguntarmos quantas horas o trabalho ficou na pré-impres-
são ou quantas provas foram tiradas, muitos não saberiam
responder.
O objetivo dessa integração é dar ao empresário o controle
total da sua empresa. A conexão do workflow com o siste-
ma Metrics permite o controle absoluto. Por outro lado, as
informações do sistema de gerenciamento da Metrics ajudam
muito numa das principais missões do workflow, que é au-
mentar a eficiência e a rapidez, diminuindo a quantidade de
erros. E para diminuir a quantidade de erros é preciso lidar
com a informação de maneira eletrônica. Um erro nessa eta-
pa pode custar muito.
A integração com o Metrics aumenta a eficiência de operação
da pré-impressão; a informação que sai do Metrics ajuda a
pessoa que gerencia a empresa a ter mais ferramentas de
controle.
No Brasil, os principais retornos que temos de um work-
flow bem estruturado são redução de tempo e diminuição
da quantidade de erros. Quando os erros da pré-impressão
vão parar na impressora custam muito. Assim, uma pequena
diminuição na quantidade de erros melhora muito; a grande
vantagem é a eficiência.
GRAPHPRINT: Então, é preciso modernizar toda a empresa
desde já?
Barbosa:
Isso é um problema ou uma solução. Caso a prova
seja mais bem trabalhada do que a própria impressão, isso
gera um problema. O cliente espera que o produto final seja
exatamente o que foi apresentado na prova, mas nem sempre
isso acontece. O próprio papel da prova é muito bem desen-