Page 45 - 105

Basic HTML Version

GRAPHPRINT NOV/10
Papéis reciclados
45
relação à celulose e de 12,2% em relação ao papel, na comparação com 2008.
Ainda na avaliação da Bracelpa, um sinal positivo é que os resultados até fevereiro refor-
çam tendência de recuperação da receita de exportações. O saldo da balança comercial
do setor subiu de US$ 594 milhões para US$ 702 milhões, crescimento de 18,2% frente
ao valor acumulado no mesmo período de 2009. No mesmo bimestre, a balança comercial
brasileira caiu 81,6% ante 2009.
Nos próximos dez anos, a indústria brasileira de celulose e papel investirá cerca de US$
20 bilhões visando ao aumento da base florestal, de 2,2 milhões de hectares para 3,2
milhões de hectares. Estão previstas a construção de novas unidades e modernização de
fábricas, o que permitirá elevar a produção anual de celulose em 57% até 2020 – pas-
sando de 14 milhões de toneladas para 22 milhões de toneladas – e a de papel em 34%,
elevando a produção anual de 9,5 milhões de toneladas para 12,7 milhões de toneladas.
Aumento de produção, acréscimo de reciclagem
Saturado devido à demanda excessiva, o planeta Terra precisa olhar com mais atenção
seus processos e sobras de produção. É realidade, também, que nunca antes na história
do Brasil houve uma movimentação tão grande em prol do ambiente.
Empresas, dos mais diversos portes e segmentos criam departamentos de sustentabili-
dade e sabem que seus resíduos precisam ser descartados de forma correta. Papel, por
exemplo, é um caso clássico de reciclagem. Especificamente na cidade de São Paulo, há
muitas cooperativas que cuidam, como verdadeiras formiguinhas, da reciclagem. Mesmo
assim o papel reciclado ainda é um produto mais caro quando comparado ao virgem. “O
papel reciclado se torna mais caro devido às impurezas que devem ser extraídas do ma-
Hélio Bustamante, gerente comercial da Ibema
“O papel reciclado se torna mais
caro devido às impurezas que
devem ser extraídas do material
misturado à massa do papel.
As impurezas estão presentes
no material que é coletado,
obrigando a indústria a segregar
e selecionar o material que será
reprocessado e transformado
novamente em papel. Há ainda
a perda de material fibroso, que
em parte é descartado com as
impurezas. Todas essas perdas
deixam a matéria-prima com
rendimento inferior à fibra
virgem.”
Ronald Dutton, diretor comercial e marketing Fines da Arjowiggins
“Somando-se a isso mais utilização de água e outros insumos durante
a produção e uma menor velocidade da máquina durante a produção,
temos uma papel mais caro que o papel fabricado com fibras
virgens.”