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GRAPHPRINT NOV/10
locará o produto em risco. A norma de segurança não garante
nada sozinha. Então, o próprio governo mudou a característica
do exame. Dessa vez, foi menos manuseado, sem a tal da per-
sonalização na capa. A própria logística do exame é diferente
daquilo que foi no passado; todos aprenderam com o erro. Volto
a afirmar que o governo estava completamente ciente do que
estava acontecendo e na própria semana do roubo da prova o
Inep estava na Plural. Poderia ter acontecido em qualquer lugar,
mas fomos nós que cedemos o espaço. Foi uma fatalidade.
Revista Graphprint: Chega de problemas, vamos às soluções.
Economia aquecida e migração de classes sociais no Brasil
vão refletir em mais negócios?
Jacomine: Estamos bastante animados. É bom para todos.
O mercado de varejo é um segmento muito sensível ao mo-
vimento econômico, por isso sentimos crescer rapidamente o
volume de impressão dos encartes comerciais. Outro mercado
que desponta no Brasil é o mercado de catálogos. A venda por
meio de catálogos ainda é incipiente, mas entendo que é um
mercado bastante promissor; o mercado de revistas tem ficado
estável, não é um mercado que sente ação e reação imediata.
O mercado de varejo cresceu em volume de impressão de
15% a 20%; a impressão de revistas tem tido algum sinal de
crescimento, mas não é nada tão expressivo, algo em torno de
3% a 5%; catálogo acompanhou o crescimento do varejo.
O legal é estudar as classes sociais e perceber qual o perfil
delas. A maioria se importa com produtos de beleza, seguidos
de bens de consumo, como celular e televisão, por exemplo.
Já a indústria gráfica acompanha esse crescimento.
Revista Graphprint: Talvez, então, a Plural pense no segmento
de embalagens?
Jacomine: Não, não pensamos nisso. Temos planos de fazer
uma expansão numa área em Santana de Parnaíba, São Pau-
lo, e entrar no mercado promocional, mas não no mercado de
embalagens. Fechamos o ciclo da segunda fase de expansão
agora, com a chegada de mais uma rotativa, a Sunday 3000,
que se torna a 11ª primeira rotativa da empresa. Acabamos
de receber uma máquina de capa e uma de lombada quadra-
da, a primeira da Goss no Brasil.
Pensamos em construir uma nova gráfica para atender a im-
pressão offset, e entraremos no mercado promocional e na
impressão digital. Outra coisa interessante é que estaremos
ligados ao alto volume, pois hoje não há empresas especiali-
zadas no mercado promocional com alto grau de sofisticação.
No Brasil ainda não há empresas nesse nicho e é nessa dire-
ção que seguiremos.
“Estamos bastante animados. É bom para
todos. O mercado de varejo é um segmento
muito sensível ao movimento econômico,
por isso sentimos crescer rapidamente
o volume de impressão dos encartes
comerciais. Outro mercado que desponta
no Brasil é o mercado de catálogos. A
venda por meio de catálogos ainda é
incipiente, mas entendo que é um mercado
bastante promissor; o mercado de revistas
tem ficado estável, não é um mercado que
sente ação e reação imediata.”