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GRAPHPRINT OUT/10
Artigo
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tência técnica na pré-venda e serviços pós-vendas
são condições básicas para estar no mercado. Não
construímos uma marca sem substância ou conte-
údo. Também é necessário que a empresa tenha a
flexibilidade suficiente para desenvolver continua-
mente novas competências capazes de gerar novos
serviços, superando as expectativas dos clientes.
A vida abre todas as portas para você, amigo gráfi-
co, porém você precisa entrar e fazer alguma coisa
para que sua empresa decole e dê resultados. É
verdade que há momentos em que as dificuldades
são tantas que não vemos saída. Mas elas exis-
tem. Enxergá-las ou não pode ser tão somente uma
questão de hábitos. Sim, hábitos, que são formados
por aquelas pequenas coisas que vamos incorpo-
rando ao nosso modo de pensar e agir, sem maiores
compromissos. Porque podemos nos livrar delas fa-
cilmente, sem sentir falta. Para isso, podemos nos
servir de um consultor, com experiência na nossa
área. Sabemos que a área gráfica é complexa e por
isso, antes de fazer mudanças, precisamos de um
diagnóstico mais concreto, de que área de nossa
empresa está necessitando um reforço.
Não há data propícia para novos planos e mudanças
e pouco resolve só fazer listas de intenções. Ten-
tar melhorar o atendimento aos clientes, programar
as atividades da fábrica, limpar gavetas e prepa-
rar uma nova agenda de trabalho. O que vai ser a
partir de agora? A mesma programação de sempre
ou desta vez vai mudar? Também é inútil tomar ati-
tudes drásticas, sem um plano de negócios, com
planejamento estratégico, cálculos de viabilidade
econômica e principalmente uma clara visão do que
queremos fazer. Porque sejam quais forem as suas
metas ou problemas, a solução sempre principia
em você. Constatar isso é amadurecer e um convite
para cultivar outros hábitos, que exigem coragem
porque mexem com o seu jeito de viver. Por exem-
plo: parar de encontrar desculpas e buscar culpa-
dos, desenvolver a atitude de focar nas soluções,
de ousar, criar e assumir a responsabilidade pelos
resultados, de fazer a diferença, de ter esperança,
de estender a mão para ajudar, de ouvir seus pares,
mais do que falar.
Outro dia li uma parábola de Jackson Canfield so-
bre “Problemas e Metas”. A história tinha o seguin-
te conteúdo: - “Era uma vez um cocheiro que dirigia
uma carroça cheia de abóboras. A cada solavanco
da carroça, ele olhava para trás e via que as abó-
boras estavam todas desarrumadas. Então ele pa-
rava, descia e colocava-as novamente no lugar. Mal
reiniciava sua viagem, lá vinha outro solavanco e...
tudo se desarrumava de novo.
Então ele começou a ficar desanimado e pensou:
jamais vou conseguir terminar minha viagem! É im-
possível dirigir nesta estrada de terra, conservan-
do as abóboras arrumadas!” Quando estava assim
pensando, passou à sua frente outra carroça cheia
de abóboras, e ele observou que o cocheiro seguia
em frente e nem olhava para trás: as abóboras que
estavam desarrumadas organizavam-se sozinhas
no próximo solavanco. “Foi quando ele compre-
endeu que, se colocasse a carroça em movimento
na direção do local onde queria chegar, os próprios
solavancos da carroça fariam com que as abóboras
se acomodassem em seus devidos lugares”.
Assim também é a nossa vida: quando paramos
demais para olhar os problemas, perdemos tem-
po e nos distanciamos das nossas metas. Quanto
às situações da vida que podem espantar o nosso
sono, eu gosto especialmente da simplicidade das
perguntas, - o quê? - como?
É mais produtivo responder questões como: o que
eu quero fazer? Que hábitos quero mudar? Quais
são as alternativas? A quem posso recorrer? Quem
pode me ensinar e aconselhar? Que livros eu devo
ler? De que eventos participar? Como negociar?
Em que economizar? O que as pessoas querem
comprar? Como eu posso ser mais útil? O que eu
faço melhor? Como me diferenciar? Como aprovei-
tar melhor o tempo? Como me organizar? Aproveite
aquelas que você achar úteis e formule suas pró-
prias perguntas, no local e momento certos.
* Thomaz Caspary é engenheiro gráfico e consultor de
empresas. Diretor da Printconsult.